Danilo Lavieri

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Gabigol é ídolo do Flamengo e não se portou como tal na hora do adeus

Não era hora de Gabigol anunciar o seu adeus do Flamengo. O atacante está na história do clube e na galeria de ídolos e deveria se portar como tal até na hora de dizer tchau.

O domingo era para ser de felicidade para os flamenguistas, de comemoração pelo penta da Copa do Brasil e de foco único na conquista que encerra o jejum de quase dois anos de conquistas relevantes.

Não era hora de fazer a parte da torcida que gosta dele lamentar a sua saída. Por que não esperar um pouco mais para avisar da sua decisão? Por que escolher o dia de um título para atacar Tite, para cobrar promessas não cumpridas da diretoria e para atacar quem está no comando do clube hoje?

Quando toma essa atitude, a impressão é que ele se coloca à frente do que é realmente importante para o momento, que é a festa pelo título. Qual é a ideia? E se ele já tem o acerto com o Cruzeiro não dá nem para falar que faz parte de uma estratégia para fazer a diretoria repensar o caso.

Mas também não dá para dizer que é surpreendente. Nos últimos anos, Gabigol mostrou que sempre pensa muito mais nele do que no coletivo e talvez por isso ele tenha acumulado alguns problemas em clubes que ele não conseguiu destaque como foi na sua breve passagem na Europa ou nas vezes em que precisou ficar no banco da seleção.

Gabigol já mostrou que é decisivo e ainda tem idade para recuperar o seu futebol no Cruzeiro. Mas está muito longe de merecer o que pediu ao Flamengo pela sua renovação de contrato. Dar cinco anos de contrato com o salário que ele tem é, hoje, uma loucura.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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