Presidente do Juventude mantém conversas por Nenê e mira taça no Estadual
O Juventude ainda comemora o fato de ter conseguido a manutenção na Série A. Fábio Pizzamiglio, presidente do clube, admite que chegou a sonhar com a vaga na Sul-Americana, mas ressalta que o projeto para 2024 sempre foi continuar na elite.
Neste ano, o jogador mais conhecido do elenco era Nenê. Inicialmente, o projeto dele era se aposentar no fim do ano, mas ele repensa essa possibilidade e mantém conversas com a diretoria para jogar mais.
"De fato, ele tem manifestado algumas questões que o fazem pensar em continuar jogando. É um atleta fantástico e um ser humano ainda maior, que nos ajudou muito nas últimas duas temporadas. Como ele mesmo disse em uma entrevista recente, ele encontrou no Juventude o casamento perfeito. Então, estamos conversando, ele também tem pensado a respeito do seu futuro. Vamos aguardar para que possamos tomar a melhor decisão para o clube e para a carreira do Nenê", afirmou ao blog.
Por ter vindo da Série B, o Juventude teve a menor folha salarial do país, na casa dos R$ 2,5 milhões, e um gasto inferior a R$ 1 milhão em contratações. A manutenção na elite e a premiação do Brasileirão deste ano podem ajudar o clube a ter um pouco mais de força, mas nada que comprometa os caixas da equipe gaúcha.
"Entramos em campo na última rodada deste ano garantidos na Série A e com a expectativa de garantirmos uma vaga na Sul-Americana, algo que acabou não ocorrendo. Finalizamos a temporada quase que superando os objetivos traçados no Brasileirão. Enfrentamos uma temporada difícil, de muito trabalho e não tenho dúvidas de que 2025 será no mesmo formato para o Juventude. Dentro da nossa visão de buscarmos nossos objetivos com pés no chão e muita responsabilidade, estamos cientes de que nossa grande meta será, novamente, manter o Juventude na elite do futebol brasileiro", explicou.
"O objetivo da atual gestão, assim como as duas últimas que nos antecederam, é buscar a sustentabilidade financeira do Juventude. É sabido por todos que trabalhamos, dentre os clubes da Série A, com a menor folha e o menor gasto com transferências. Isso nos força a sermos criativos na busca por outras fontes de receita como publicidade do estádio e patrocinadores. Este cenário faz com que diminua nossa margem para erros, e isso não quer dizer que não erramos. No entanto, acredito que tivemos um alto índice de assertividade, apesar da diferença substancial em relação aos adversários da Série A e da Copa do Brasil, especialmente", completou.
Pizzamiglio destaca que a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul não impactou tanto o clube como aconteceu com Grêmio e Inter, mas gerou problemas especialmente na logística.
"Posso citar ainda as dificuldades aumentadas por causa das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Tivemos custos com os gramados e pequenas estruturas atingidas do nosso CT, mas o grande impacto ficou por conta da logística. A grande maioria dos voos utilizados pelo Juventude ocorre no aeroporto de Porto Alegre, que ficou fechado. O aeroporto de Caxias do Sul, no inverno, passa mais tempo fechado do que aberto em virtude do mau tempo e da neblina e com estradas bloqueadas semanas devido a desmoronamentos. Tivemos dificuldades extremas de deslocamento, tendo que viajar de ônibus por diversas vezes até Florianópolis para iniciar ou finalizar nossas viagens", finalizou.
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