Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Luan decisivo quase fez Mancini respirar no Corinthians
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Quem assistia ao Majestoso sentia que parecia questão de tempo para o São Paulo, enfim, vencer a primeira em Itaquera. Mas um Luan decisivo impediu o fim do tabu. E só não deu deu ao Corinthians sua 11ª vitória no clássico em seu estádio porque João Victor fez pênalti besta em Pablo nos acréscimos. Ruim para Mancini, que segue com o cargo balançado.
Em horário ridículo - ninguém merece um clássico às 22h15 de um domingo -, Luan fez um golaço e iniciou a jogada do segundo gol, da virada. Quase fez mais um, mas chegou atrasado em bola de Cauê - porém, o lance poderia ser anulado, caso o VAR fosse acionado, já que aparentemente a bola saiu pela lateral no início do lance.
Antes do gol de Luan, o time da casa não fazia boa partida. O esquema com três zagueiros, aposta de Mancini para o clássico, claramente não dava certo. Aliás, segundo levantamento de Rodrigo Vessoni, no site Meu Timão, há 11 anos o Corinthians não iniciava uma partida assim. A última vez foi em 2010, contra o Guarani, que era treinado pelo próprio Mancini.
O técnico iniciou a partida com João Victor, Jemerson e Raul Gustavo na defesa, além de Fagner e Piton nas alas. Mas Miranda subiu mais alto que todos para fazer o primeiro do São Paulo, ainda aos 14 minutos. O Corinthians tinha mais posse de bola, mas sequer chegava ao gol do adversário, melhor postado em campo.
O time da casa precisava vencer se quisesse garantir Mancini no cargo. Nos corredores do Parque São Jorge, a demissão já era comentada com um eventual fracasso no clássico. Aí, apareceu Luan. Contestado desde que chegou, o camisa 7 fez seu gol mais bonito com a camisa do Corinthians e também uma das partidas mais decisivas.
Em cobrança rápida de lateral de Piton, Ramiro tocou para o meio e Luan chegou batendo de primeira, no ângulo, golaço. Raro momento de descuido da defesa do ótimo São Paulo de Crespo, que não levava gol há cinco jogos.
O gol de empate foi todo do camisa 7 corintiano, que poderia ter alcançado a consagração no segundo tempo, mas perdeu gol feito, em cruzamento de Cauê. Cara a cara com Volpi, perdeu o tempo da bola e desperdiçou a chance de fazer o segundo. Mas a redenção veio aos 39, com lindo passe para Fagner colocar nos pés de Mosquito, que virou o clássico.
A equipe da casa nitidamente melhorou no segundo tempo e pareceu mais dentro da proposta de Mancini. O Corinthians era esforçado em campo, mas precisa de ajustes. Vontade a equipe teve de sobra, dada a importância do clássico para a permanência de Mancini e apagar a má impressão após jogo tenebroso contra o Peñarol.
Porém, no fim, João Victor, que é jovem e bom jogador, fez pênalti desnecessário em Pablo, com a defesa corintiana toda bem postada, em cruzamento que sairia pela linha de fundo. Luciano deixou tudo igual e impediu Mancini de respirar no cargo. O técnico continua balançado no cargo e terá semana decisiva pela frente.
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