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Final no Maracanã é vitória do Flu e revés de Fla, Ferj e Bolsonaro
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No ano passado, Bolsonaro queria a finalização do Campeonato Carioca em Brasília, para driblar as medidas restritivas impostas para conter o avanço da Covid-19. O presidente ainda vem defendendo há meses a volta de torcida aos estádios, mesmo com os cadáveres pelo novo coronavírus se acumulando. E agora, apoiado por uma diretoria bolsonarista e uma federação negacionista, o desejo ganhou força. Mas todos foram superados pela sabedoria do Fluminense, que mais uma vez deu aula na pandemia e conseguiu a final no Maracanã, sem público.
Em mais uma atitude nobre nesta pandemia, a diretoria do Flu afirmou que não aceitaria decidir o torneio fora do Rio de Janeiro, se apoiando em regulamento que garante as partidas das finais do campeonato no Maracanã - que não aceitaria a presença de público, posição que não encontraria barreiras no Mané Garrincha, segundo matéria de Alexandre Araújo e Caio Blois. O posicionamento tricolor vai ao encontro da ciência e em respeito às mais de 436 mil famílias que perderam pessoas queridas nesta pandemia.
O mais absurdo disso tudo é a discussão pela volta do público! Enquanto o Brasil voltou a registrar aumento na média móvel de mortes por Covid-19, com mais de 1,9 mil por dia na última semana - número muito superior a todo o ano de 2020 - segundo dados do consórcio de imprensa. Um estudo de cientistas de Washington já prevê 751 mil mortes no Brasil até agosto, mas quem liga? Desde o ano passado, Bolsonaro quer torcida nos estádios para continuar promovendo seu genocídio.
Não dava para esperar nada diferente de um ignóbil que chama de "idiotas" quem ainda respeita o isolamento social, entre tantas outras bizarrices. E nem de uma federação que convidou 300 bacanas para assistirem ao primeiro jogo da decisão, enquanto o Rio batia o 5º dia com o maior número de casos do novo coronavírus. Nem da diretoria de um clube que flerta com o bolsonarismo o tempo todo e agora é parceiro do negacionista Luciano Hang.
Vale lembrar que o Flu já havia feito bonito ao recusar a polêmica vacina da Conmebol, aplicada no Atlético-GO em solo paraguaio, país que agoniza com a falta de imunizantes durante o caos sanitário. Mesma decisão insensata adotada pelo Atlético-MG. Alguém em Belo Horizonte deve achar bonito fazer isso em um país que não vacinou totalmente nem 1% de sua população. Ilegal não é, e moral? Parabéns ao Flu por jogar ao lado do bom senso e da ciência!
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