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Pai de Neymar se diz vítima em processo e ameaça devolver mansão da família
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Neymar da Silva Santos, pai do jogador do PSG, ingressou de forma espontânea na Justiça para se defender em uma ação movida pelo condomínio Associação Residencial Alphaville 2, localizado na Grande São Paulo, onde a família tem uma mansão. Ele afirmou ser vítima no processo que aponta irregularidades em uma reforma no imóvel e pediu à Justiça pela resolução do contrato — termo jurídico usado para quebra de contrato por descumprimento de obrigações — caso irregularidades sejam confirmadas.
Na ação, o condomínio pede adequações ou demolição de áreas do imóvel de Neymar. Os advogados do jogador rebateram dizendo que, caso a Justiça considere procedente o pedido, julgue procedente também a devolução de todos os valores pagos pela família do atleta na compra da mansão, corrigidos, e ainda acrescidos de eventuais prejuízos.
O valor pago por Neymar no imóvel entrou em sigilo no processo. Na escritura, consta R$ 2,1 milhões pagos pelo antigo proprietário. Na internet, é possível encontrar casas no condomínio por até R$ 7 milhões.
O pai do jogador diz à Justiça que a casa não está em obras, ao contrário do que o condomínio afirma no processo. E, segundo ele, se a construção estiver, de fato, irregular, ele é vítima, pois diz que adquiriu o imóvel pronto e acabado, sem ter realizado qualquer reforma. Ele acredita que o condomínio já tinha conhecimento das irregularidades desde 2019, antes da compra do imóvel, mas não avisou sobre os problemas e o deixou vulnerável.
Além disso, a defesa do empresário diz que ele é mero possuidor direto do imóvel, pois ainda existem obrigações contratuais não cumpridas com os antigos proprietários. Por isso, pediu ainda pela inclusão dos vendedores na ação, pois afirma que o contrato tem cláusulas que o protegem de incidentes como reclamações judiciais.
Gustavo Xisto, advogado da família de Neymar há anos, e que os defende no processo, confirmou as informações da contestação enviada à Justiça.
O condomínio foi ao Judiciário protestar contra obras realizadas no local. Diz que já alertava o proprietário anterior sobre irregularidades. A alegação é que as reformas foram executadas sem se ater ao aprovado no projeto.
No passado, a Prefeitura de Barueri fiscalizou a obra e constatou irregularidades, afirma o condomínio, que alega que Neymar assumiu a responsabilidade de recompor a construção do imóvel da forma aprovada na planta — informação rebatida na contestação.
Jorge Damus, gerente geral do Residencial Alphaville 2, disse que o local tem como política a não manifestação de seus assuntos internos com a imprensa. Ainda pediu que, caso tenha informações sobre este assunto por outros meios, divulgar sua fonte, para que não seja mencionado que a informação partiu da associação, alinhada com a Lei Geral de Proteção de Dados. O processo é público. Em sua última decisão, a Justiça pediu que o condomínio se manifeste sobre a contestação.
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