Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Cruzeiro não paga gestão de crise em escândalo e é condenado pela Justiça
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Com Thiago Braga, colaboração para o UOL
O Cruzeiro foi condenado a pagar cerca de R$ 500 mil por calote na empresa contratada para fazer a gestão de crise do clube durante o ano de 2019, quando o escândalo financeiro foi divulgado.
A decisão foi da juíza Flavia Poyares Miranda, da 28ª Vara Cível. Ela sentenciou o time celeste a pagar os R$ 420 mil pedidos pela Press FC, mais juros, correção e honorários advocatícios de 10%. No total, o valor vai ficar em aproximadamente R$ 500 mil.
O clube contratou a Press FC para fazer assessoria de comunicação integrada e relações com a imprensa, de olho na gestão da crise ocasionada pela publicação de reportagens que mostraram o clube como alvo de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais.
A data do contrato é de 27 de maio de 2019, dia seguinte à primeira matéria do Globoesporte.com que divulgou o inquérito que apurava denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A empresa anexou provas ao processo que mostravam a prestação dos serviços, contratados pelo valor de R$ 380 mil, com duas parcelas iniciais de R$ 40 mil e outras dez de R$ 30 mil. Porém, só a primeira delas foi paga, o que motivou o rompimento do acordo, ainda em dezembro de 2019.
O clube tentou alegar que os serviços não foram feitos - a juíza rebateu dizendo que a alegação não foi corroborada pela documentação apresentada pelo clube - e ainda disse estar sofrendo dificuldades financeiras - o que também não foi provado, segundo a magistrada.
A empresa foi procurada para comentar a sentença, mas preferiu não se manifestar. O Cruzeiro não respondeu a coluna - se quiser dizer algo, a reportagem será atualizada.
As investigações em cima das contas do clube continuam. Em abril deste ano, a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandatos de busca e apreensão em endereços de diversas cidades do Brasil em novo desdobramento das investigações que colocam antigas gestões do Cruzeiro como foco.
Denominada de "Segundo Tempo", essa etapa teve como alvo ex-funcionários e ex-dirigentes do clube, além de grandes empresários do mercado da bola no País. Pelo menos dois agentes de renome receberam a visita dos policiais. Nenhum nome dos alvos da nova operação da PCMG foi divulgado e todo o trabalho corre em segredo de Justiça.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.