Vice da CBF se aproxima da seleção em momento de incerteza política

Com Igor Siqueira, do Rio de Janeiro (RJ)

O vice-presidente da CBF Gustavo Feijó vai se aproximar da seleção brasileira a partir de agora. Em conversa com o presidente, o Coronel Nunes, e outros cartolas, ficou definido que ele vai exercer função de apoio a Juninho Paulista, que tem o cargo de coordenador.

Feijó confirmou a informação à coluna e disse que a situação se estabeleceu após reunião da diretoria. "Não existe cargo. Mas foi decidido que vamos ajudar o coronel nesse momento de transição. Cada vice vai ter uma função", definiu.

Assim, Feijó vai ter um papel parecido com o que exercia um diretor de seleções na CBF, cargo que não existe mais desde 2012, quando Andrés Sanchez saiu da confederação após a demissão de Mano Menezes.

Segundo apurou a coluna, esse é um desejo antigo de Gustavo Feijó. Ele já exerceu função parecida em 2016, quando foi chefe da delegação nos Jogos Olímpicos. Porém, utilizou vídeos com jogadores, incluindo Neymar, sem a devida autorização na campanha eleitoral para prefeito de Boca da Mata (AL).

Após o incidente, Feijó perdeu prestígio e ficou mais distante da seleção. Porém, nos últimos meses, o dirigente vem ganhando terreno, se firmando como adversário de Caboclo nos corredores da CBF. Ele chegou a gravar um vídeo detonando o presidente afastado.

A aproximação do vice à seleção brasileira pode ser vista, inclusive, como uma amostra de tentativa de crescimento no âmbito político. Principalmente porque é um momento importante do time canarinho, a um ano e meio da Copa do Mundo. E, se os planos da gestão atual derem certo, uma nova eleição só entre os vices da CBF deve ser convocada assim que a saída definitiva de Rogério Caboclo for consumada.

Segundo Feijó, outros vices vão se aproximar de departamentos distintos da confederação para auxiliar o Coronel Nunes, presidente em exercício com o afastamento de Caboclo. Ednaldo Rodrigues, por exemplo, ficaria próximo da CBF Academy. Castellar Neto, do jurídico.