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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Santos cita dívida de R$ 500 milhões para evitar penhora de contas no banco

Bandeirinha de escanteio do Santos, na Vila Belmiro - Staff Images/Conmebol
Bandeirinha de escanteio do Santos, na Vila Belmiro Imagem: Staff Images/Conmebol

Colunista do UOL

17/10/2021 04h00

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Em petição enviada à Justiça na semana passada, o Santos mencionou sua saúde financeira atual precária para evitar a penhora de dinheiro, em cobrança pela produção de um documentário polêmico.

Segundo o clube, o Santos pagou R$ 500 milhões de reais em dívidas somente em 2021, fora as que vencem em longo prazo, o que põe em xeque a saúde e estabilidade financeira do time da Vila Belmiro.

O clube alvinegro ainda lembrou que a situação piorou por causa da pandemia de Covid-19, que impediu o Santos de arcar integralmente com o pagamento de salários de atletas durante alguns meses.

Por essa razão, o Santos viu dois atletas ajuizarem ações para romperem o contrato com a equipe, casos do goleiro Everson e do atacante Eduardo Sasha. Hoje, ambos estão no Atlético-MG.

À Justiça, o clube diz que a penhora de dinheiro traria prejuízo ao pagamento salarial de funcionários.

"O Santos não tem a menor capacidade financeira de ter suas contas bloqueadas sem prejudicar todos aqueles que se valem do clube para seu sustento", disse o clube.

O Santos não comenta processos em nome do clube. Na ação, o time se defende questionando a procedência do polêmico vídeo entregue pela empresa Red Vision, em acordo assinado pelo ex-presidente Orlando Rollo às vésperas da eleição.

A dívida, hoje em torno de R$ 190 mil, gerou a penhora do ônibus do clube na Justiça.

Porém, a empresa afirmou que o ônibus está em condições precárias e a penhora do valor em dinheiro é prioritária, pois o Santos possui ativos financeiros e aplicações bancárias, além de receitas em TV e marketing, suficientes para quitar a dívida.

A briga com a Red Vision foi antecipada pela coluna, que revelou acordo de R$ 220 mil, assinado pelo ex-presidente Orlando Rollo, com entrada de R$ 50 mil paga dois dias antes da eleição presidencial. A data e o valor total do contrato - ainda com multa de R$ 30 mil - são motivos de contestação.

O time alvinegro não quitou as parcelas após a mudança da diretoria, o que gerou um processo na Justiça contra o clube. O acordo foi assinado em 17 de novembro, 25 dias antes do pleito. A entrada foi paga no dia 10 de dezembro, e a eleição ocorreu dia 12.