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Justiça chama chaveiro e toma imóvel de Ronaldo, que deixa móveis para trás
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Um oficial de Justiça foi a um apartamento do ex-goleiro Ronaldo e, com a ajuda de um chaveiro, entrou no local para entregá-lo a um homem que arrematou o imóvel em leilão. A venda ocorreu por dívidas de R$ 169 mil do hoje comentarista da Bandeirantes.
O imóvel foi entregue ao arrematante no dia 21 de fevereiro. Inclusive, foram deixados alguns móveis para trás, como um barzinho de madeira, vasos de plantas com várias espécies e tamanhos, um fogão 4 bocas, um espelho de parede e outros.
Segundo o condomínio, Ronaldo, que ontem foi demitido da Transamérica, deixou de pagar dez anos de condomínios, o que resultaria em uma dívida de R$ 169 mil, em valores de maio de 2019. O apartamento foi comprado pelo ex-goleiro em 1991, quando ainda defendia o Corinthians. No leilão, ele foi adquirido por R$ 613 mil pelo novo dono.
Dois dias depois de o imóvel ser tomado pela Justiça, Ronaldo alegou no processo, por meio de sua advogada, que iria ficar "sem teto" - informação desmentida por outro representante do ex-goleiro à coluna.
"Caso haja arrematação deste bem, é certo também que (..) (Ronaldo) ficará claramente 'sem teto morar' (sic) e residir juntamente com seus filhos", alegou a advogada em petição.
Ronaldo diz que defesa foi estratégia de advogada
A coluna procurou Ronaldo para comentar o agravo. O ex-goleiro passou o contato de seu novo advogado, Felipe Brunelli Donoso, que assumiu a defesa do comentarista. Ele explicou que quem vinha cuidando da ação era a irmã do ex-atleta, Sonia Giovanelli.
De acordo com Donoso, Ronaldo não tinha ciência da "gravidade e irreversibilidade" das informações contidas no processo, já que sua irmã enfatizava que "estava tudo sob controle e que no momento certo ele saldaria a dívida, sem juros abusivos".
Em outra petição, também foi dito que o ex-jogador do Corinthians encontra-se em condição de penúria, o que foi desmentido pelo advogado que assumiu a defesa do comentarista.
"O Ronaldo não está em estado de miserabilidade, muito pelo contrário. É ídolo do Corinthians, hoje trabalhando como comentarista esportivo e muito bem na Bandeirantes, sem nenhum interesse em descumprir qualquer norma ou decisão judicial", apontou.
A irmã do ex-goleiro residia no local com os pais de Ronaldo e seria a responsável por não pagar os condomínios atrasados. Também foi ela quem fez as manifestações no processo, aos quais o comentarista não conhecia na íntegra. "Ele acreditou nas estratégias de ação da irmã", explicou Felipe.
A advogada foi procurada para comentar as informações, mas não foi encontrada. Caso queira se manifestar, a coluna será atualizada.
Condomínio acusa ex-goleiro de má-fé e anexa fotos
O condomínio refutou as teses apresentada por Ronaldo e anexou fotos suas nas redes sociais "sorridente na sua piscina no Reveillon de 2020", além de apontar ostentação, como o uso de uma "bolsa da grife francesa Chanel que custa muito caro".
Ainda disse, em petições anteriores, que Ronaldo foi passear na Disney e no Castelo da Cinderela e o acusou de má-fé.
"Não há como colocar que o agravante (Ronaldo) é pobre e que faz jus a gratuidade. O agravante litiga de má-fé e como tal deve ser declarado e condenado", disse o condomínio, em petição enviada à Justiça na última segunda-feira (28).
Novo advogado diz que não houve resistência
Felipe Brunelli Donoso apontou que Ronaldo não ofereceu resistência para entregar o apartamento.
"Não era verdade que algum dia o Ronaldo quis se opor a uma decisão judicial. Ele não tem interesse em descumprir normas, tanto que foi entregue sem maiores percalços. O imóvel foi entregue amigavelmente no dia 21 de fevereiro", afirmou.
Ronaldo discorda do valor obtido no leilão do imóvel que, segundo alegou no processo, está bem abaixo do valor real do local. O comentarista questionou ainda a perícia que avaliou o apartamento em R$ 950 mil. Segundo ele, o valor correto seria de R$ 1,5 milhão. O imóvel foi leiloado por R$ 613 mil por conta de dívidas de condomínio que alcançavam R$ 169 mil.
Sua advogada anterior usou a pandemia para dizer que a ordem judicial teria acontecido "em momento crucial pandêmico, contrariando totalmente o isolamento social, colocando em risco a vida de idosos". Ele anexou decisões do STF para embasar a alegação. A advogada apontou no processo que ele não recebeu os boletos e questiona assembleias de reajustes de valores.
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