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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Santos perde ação na Justiça contra ex-presidente ao pedir ressarcimento

Ex-presidente santista José Carlos Peres - Ivan Storti/Santos FC
Ex-presidente santista José Carlos Peres Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Com Thiago Braga, colaboração para o UOL

31/05/2022 04h00

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A Justiça de Santos decidiu, ontem (30), extinguir o processo em que o Peixe pedia a devolução de R$ 175 mil ao ex-presidente do clube José Carlos Peres. A alegação do clube era de que o ex-mandatário havia feito uso indevido do cartão corporativo destinado a quem comanda a agremiação.

"Considerando a relação existente entre as partes, de mandato, deveria o autor (Santos) a bem da verdade ter intentado uma ação de prestação de contas, exigindo do réu explicações para os gastos pessoais e as despesas tidas como irregulares, e não ter intentado uma ação de restituição de valores que ainda se mostram incertos e condicionais", escreveu na sentença o juiz Paulo Sérgio Mangerona, da 1ª Vara Cível do Foro de Santos.

Entre os gastos apontados pelo Santos como desnecessários realizados pelo ex-presidente no uso do cartão corporativo estariam compras feitas em farmácias, supermercados, passagens aéreas, entre outros. Peres nega que tenha feito mau uso do cartão.

Em contato com a reportagem, Peres diz que a "justiça foi feita" e que "foi humilhado por gastos que não fiz". "Eu tinha motorista e segurança, eles pegaram os almoços e jantares deste pessoal humilde e jogaram na ação. Eu pagava do bolso quase tudo. Agora a verdade está chegando", afirmou ao UOL Esporte.

Se quiser continuar a tentar buscar o ressarcimento na Justiça, o Santos pode apresentar uma nova ação e corrigir os pontos levantados pelo juiz Paulo Sérgio Mangerona.

Presidente do Santos entre dezembro de 2017 e novembro de 2020, Peres teve seu mandado cassado por suspeitas de irregularidades em sua gestão, entre elas estariam os gastos no cartão corporativo, mas também foi questionado o pagamento de comissão na venda de direitos de jogadores.

Procurado, o Santos afirmou que o caso corre em segredo de justiça e que não vai comentar.