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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Ronaldinho Gaúcho terá de indenizar administradora de hotéis em R$ 1 mi

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho em passeio de barco - Reprodução/Instagram
O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho em passeio de barco Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

30/08/2022 04h00

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A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho a indenizar uma rede de administração de hotéis em mais de R$ 1 milhão por cláusulas contratuais não cumpridas na compra de 20 apart-hotéis em Curitiba e em Porto Alegre. A decisão foi publicada em 29 de maio deste ano pelo juiz Vanderlei Deolindo, da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza da Comarca de Porto Alegre.

O processo corre desde 2016 e foi aberto pela ICH Administração de Hotéis S.A, que cobra valores relativos à montagem, equipagem, decoração, despesas pré-operacionais e de capital de giro pela venda de 20 unidades de quartos em hotéis nas capitais do Paraná e Rio Grande do Sul. A empresa afirma na ação que mobiliaria os apartamentos e constituiria uma equipe de hotelaria, incluindo também os serviços aos futuros hóspedes.

De acordo com a empresa, Ronaldinho não pagou nenhuma das parcelas do contrato. O valor da dívida estava em R$ 460,2 mil em fevereiro de 2016. Porém, ainda deveriam ser somadas parcelas não pagas estipuladas no contrato, mais correção monetária. Assim, o valor atual ultrapassa R$ 1 milhão.

Para adquirir os apartamentos, Ronaldinho desembolsou mais de R$ 5,5 milhões parcelados, incluindo outros imóveis como parte do pagamento.

Em sua defesa, Ronaldinho diz que não firmou contratos com a autora da ação, mas com as construtoras. No processo, a defesa do ex-jogador sustentou que as construtoras ainda não haviam entregue os apartamentos até a data da contestação, em outubro de 2016, pois estavam com obras inacabadas e, consequentemente, atrasadas.

Apesar disso, o juiz responsável afirmou que os atrasos das entregas dos imóveis não justificavam os inadimplementos de parcelas estipuladas em contrato, pois essas obrigações não dependiam da entrega dos imóveis.

O juiz acrescentou que, segundo constam nos contratos, todas as despesas relacionadas envolvem pagamentos devidos antes da conclusão do empreendimento exatamente porque eram necessárias para a efetivação do apart-hotel.

A Justiça mencionou que Ronaldinho não juntou ao processo qualquer prova de que pagou os valores cobrados.

A coluna tentou inúmeras vezes contato com Ronaldinho Gaúcho por meio de mensagens ao seu irmão Assis e com seus advogados ao longo de ontem (29), mas não obteve sucesso. A reportagem será atualizada caso o ex-jogador queira se manifestar. A defesa de Ronaldinho já apresentou recurso de apelação no processo.

*Com colaboração de Peterson Renato