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Atleta acusa Santos de dar calote em hospital e colocar seu nome no Serasa
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O lateral-esquerdo Moraes entrou na Justiça contra o Santos alegando que o clube não pagou seus exames médicos e o fez entrar no Serasa, impedindo que pudesse pegar um empréstimo no banco para a compra de um apartamento.
O atleta, atualmente no Juventude, disse que, seis meses depois de encerrar seu vínculo com o Santos, em julho deste ano, foi surpreendido com a negativa para a concessão do crédito bancário ao ter constatado que seu nome estava na lista de devedores do SPC.
Foi então que o jogador teve a ciência de que a sua inclusão foi porque o Santos não pagou seus exames realizados no hospital Sírio Libanês, logo que o atleta foi contratado. Então, Moraes ingressou na Justiça contra o clube cobrando danos materiais e morais.
O atleta afirma que a dívida ainda persiste e está sendo cobrada injustamente de quem não é o real devedor dos valores, já que esse custo não deveria ser do trabalhador. Além disso, Moraes aponta estar sofrendo diversos prejuízos pelo calote do Santos.
Moraes diz que tentou contato com o Santos para pagamento da dívida, e que, apesar de o clube ter confessado a dívida, afirmou que não poderia resolver pois o ano contábil já tinha sido encerrado, o que seria questionado pela auditoria interna.
A partir daí, o atleta afirmou ter passado por constantes constrangimentos, pois, além de não obter o empréstimo por estar com o nome negativado, ainda teve que conviver com insistentes ligações do setor de cobranças do hospital Sírio Libanês, que, como não obteve o pagamento do clube, passou a cobrar diretamente do atleta.
Moraes pede R$ 70 mil a título de danos morais e mais R$ 25 mil por danos materiais por não ter conseguido o empréstimo para a compra do apartamento que desejava.
Em contestação enviada à Justiça na semana passada, o Santos diz que nunca recebeu o documento do serviço prestado pelo hospital, razão pelo qual o pagamento não foi feito quando deveria. Além disso, o clube apontou que depositou o valor em juízo.
O Santos também aponta que a nota fiscal não saiu em seu nome e que se tratou de um erro procedimental na data em que o exame foi feito, pois esses exames sempre são encaminhados ao clube. Mas que buscou formar de corrigir o equívoco do hospital.
Para o Santos, o atleta não trouxe provas da frustração por não ter conseguido comprar o apartamento que pretendia e pediu que os valores solicitados pelo atleta no processo sejam razoáveis e proporcionais, sem causar enriquecimento sem causa.
O clube foi procurado para comentar a ação, mas disse que não iria se manifestar.
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