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Robinho vai ao estádio torcer por clube, que descarta contratação

Robinho foi recebido por vice da Portuguesa Santista em Ulrico Mursa - Diego Garcia/UOL
Robinho foi recebido por vice da Portuguesa Santista em Ulrico Mursa Imagem: Diego Garcia/UOL

Colunista do UOL

16/01/2023 11h48

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Condenado a 9 anos de prisão por estupro na Itália, o atacante Robinho foi assistir a partida entre Portuguesa Santista e Novorizontino, neste domingo, no estádio Ulrico Mursa, em Santos. O time da casa venceu por 4 a 2, na estreia da Série A2 do Campeonato Paulista.

Com uma camisa regata preta com a estampa de uma empresa de suplementos, o jogador acompanhou ao jogo atrás de um dos gols e foi tietado por alguns torcedores, especialmente crianças, que pediram fotos com o atleta.

Robinho também recebeu cumprimentos do vice-presidente da Briosa, Emerson Coelho, que conversou com o atacante durante o primeiro tempo. O dirigente confirmou o contato, porém, negou qualquer possibilidade de contratação.

"O Robinho tem ido lá porque vai com um time de amigos e ex-jogadores que se juntam e tem ajudado a gente na preparação. Ele é amigo dos jogadores, mas não tem proposta oficial da Portuguesa por ele e nem dele para a Portuguesa. Ele vai no jogo porque conhece todo mundo, mas essa possibilidade não existe", disse Emerson ao UOL

Alguns torcedores que tietaram o jogador pediram que ele vista a camisa da Briosa, como é conhecido o time rubro-verde. Nas redes sociais, porém, muitos se mostram contrários à contratação do atleta. O jogador assistiu a partida atrás de um dos gols.

Robinho não pode sair do Brasil

Recentemente, Robinho recebeu sondagem de um time da segunda divisão da China, mas a conversa não avançou. O atacante teme sair do Brasil e ser preso por causa da condenação em última instância na Justiça Italiana, pelo crime de violência sexual.

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013, na Itália. O atacante foi anunciado como reforço do Santos em 2020, mas o acordo foi cancelado pela publicação de conversas com amigos e a pressão de patrocinadores.

O Brasil negou a extradição de Robinho. A recusa se deu com base no artigo 5º da Constituição brasileira. O pedido foi feito pelo governo italiano em outubro.

O caso já transitou em julgado e não tem possibilidade de recurso. Robinho e seu amigo Ricardo Falco foram condenados. Outros quatro envolvidos não foram encontrados pela Justiça Italiana.