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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Filhos de Pelé usam Gugu como exemplo e pedem segredo de Justiça em herança

Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morreu em 29 de dezembro de 2022                 - Miguel Schincariol/AFP
Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morreu em 29 de dezembro de 2022 Imagem: Miguel Schincariol/AFP

Colunista do UOL

02/03/2023 04h00

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Flávia, Celeste e Joshua Arantes do Nascimento, filhos de Pelé, além de Gemima McMahon, enteada, foram à Justiça se manifestar em uma ação movida pelo irmão, o ex-goleiro Edinho, pedindo para que o tribunal coloque sigilo nos documentos do processo relativo à herança deixada pelo Rei do Futebol.

Em petições enviadas à 2ª Vara de Família e Sucessões do Foro de Santos, os herdeiros do ex-jogador, que morreu no fim de 2022, foram pedir que a Justiça reconsidere um pedido rejeitado para colocar segredo no inventário dos bens deixados por Edson Arantes do Nascimento.

Eles apontaram que, logo após a decisão inicial da juíza Suzana Pereira da Silva, muitas reportagens saíram a respeito do processo. Eles apontam que os filhos, netos e viúva de Pelé não são pessoas públicas e, portanto, não podem ter a intimidade violada pelo trabalho jornalístico.

O quarteto acrescentou que, ao longo do processo, serão juntados documentos sigilosos, como declarações de imposto de renda, extratos bancários, matrículas de imóveis, documentos societários, entre outros, e uma exposição violaria o direito à privacidade dos herdeiros de Pelé.

Os advogados de Flávia, por exemplo, negaram que o sigilo seria alguma forma de privilégio, e sim uma maneira para proteger a intimidade dos familiares de Edson Arantes do Nascimento. Eles apontaram na petição que "somente a concessão do segredo de Justiça permitirá a tramitação do inventário".

A defesa de Flávia ainda usou o exemplo do inventário dos bens deixados pelo apresentador Gugu Liberato, caso que despertou interesse do público e mídia e teve o segredo de Justiça decretado.

O ex-goleiro Edinho já havia, anteriormente, solicitado ao tribunal para que fosse nomeado inventariante da herança, além de ter pedido para o processo ter o segredo de Justiça decretado. Ambos os pedidos foram rejeitados pelo tribunal.

Sobre o sigilo, ela apontou que "o inventário é de interesse não somente da parte peticionária, mas, também, de eventuais credores e herdeiros". A Justiça, então, deu 15 dias para a viúva de Pelé, Márcia Aoki, se manifestar no processo se tem interesse em ser a inventariante da herança.

Pelé morreu no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, vítima de complicações decorrentes de um câncer.