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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Justiça não acha nem R$ 0,01 em empresa que levou R$ 11 mi de palmeirenses

Willian Bigode hoje defende o Fluminense - Jorge Rodrigues/AGIF
Willian Bigode hoje defende o Fluminense Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

com Danilo Lavieri e Ricardo Perrone, do UOL

11/03/2023 04h00

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A Justiça de São Paulo não encontrou nem 1 centavo nas contas da Xland Investiments, empresa acusada de ter ficado com R$ 11 milhões investidos pelos jogadores Gustavo Scarpa e Mayke no ano passado, quando ambos ainda estavam no Palmeiras.

Após decisão do juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, a Justiça fez buscas repentinas nas contas da Xland, de seus sócios e da WLJC, ligada ao ex-palmeirense Willian Bigode.

Porém, nos ativos financeiros da Xland, não foi encontrado nem 1 centavo. Dois sócios da empresa tiveram bloqueados cerca de R$ 70 mil, enquanto a WLJC tinha apenas R$ 3 mil em suas contas bancárias.

No total, o valor bloqueado deveria ser de R$ 7,4 milhões, em processo aberto por Mayke. O jogador diz ter investido R$ 4,5 milhões na empresa, além de ter que receber um retorno de R$ 3,2 milhões.

Scarpa, hoje no futebol inglês, é outro que cobra a empresa. Ele alega ter investido R$ 6,3 milhões e cobra o retorno de pelo menos R$ 5,3 milhões.

Neste processo, em um primeiro momento, a Justiça determinou o bloqueio da contas de Willian Bigode, da WLJC e outros réus - o que foi posteriormente derrubado, em nova decisão.

Mayke e Scarpa dizem que tinham uma relação de amizade com Willian. Por isso, depositaram suas confianças no jogador, que posteriormente os indicou à Xland para realizarem os investimentos. No caso de Mayke, ele era, inclusive, cliente da WLJC.

Em nota enviada à reportagem, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos.

Abaixo, veja o que mais diz Willian sobre o caso:

"Destaca-se que a empresa WLJC não é uma corretora muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro.

Mayke é cliente da empresa WLJC que presta o serviço de planejamento financeiro. Ressalta-se que quanto ao Scarpa, somente foram prestadas informações com relação à Xland e qual o procedimento para investir, uma vez que ele não possui contrato de prestação de serviços com a WLJC.

Importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, deu-se diretamente por Mayke e Scarpa com a Xland, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da Xland".