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Mayke pede que Justiça bloqueie bens de Willian Bigode
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O lateral Mayke, do Palmeiras, entrou hoje (14) com pedido na Justiça para que as contas e bens de seu ex-companheiro de clube Willian Bigode sejam bloqueadas por causa de uma dívida de R$ 7,8 milhões.
O débito é por investimentos feitos pelo jogador do Palmeiras na empresa de criptomoedas Xland, após indicação de Willian Bigode e de sua empresa, a WLJC. O dinheiro colocado pelo lateral na empresa sumiu.
Porém, até o momento, Mayke havia acionado apenas a WLJC na Justiça, sem pedir a inclusão do ex-colega no polo passivo da ação, o que mudou na tarde de hoje (14).
Os advogados de Mayke pediram que a Justiça inclua Willian e outros donos da WLJC no processo movido contra a Xland e solicitou que sejam bloqueados os bens do jogador do Fluminense e seus sócios. Bigode foi citado nominalmente na petição.
Para acatar o pedido, Mayke citou que a Justiça encontrou apenas R$ 3 mil nas contas da WLJC, após pedido de bloqueio acatado. "Assim, demonstra-se a necessidade de se incluírem os sócios, que são os verdadeiros detentores da capacidade financeira e econômica para responder na presente demanda".
Até então, Mayke, ao contrário de Scarpa — também lesado pelos investimentos feitos na Xland, por indicação da WLJC —, não havia pedido que Willian fosse incluído nominalmente no processo.
Também hoje, a WLJC entrou com defesa no processo de Mayke, alegando que nunca teve em seu poder ou recebeu os valores investidos pelo jogador do Palmeiras, sendo estes tendo sido colocados apenas na Xland.
"A WLJC jamais recebeu qualquer quantia referente aos valores discutidos na ação", disseram os advogados da empresa de Willian.
Assim, a WLJC pediu que suas contas bancárias sejam desbloqueadas, alegando que não foi comprovado nada contra a empresa que tenha colocado em risco o andamento do processo e acrescentando que não recebeu nem um centavo de Mayke.
Willian se diz vítima da Xland
Em nota enviada à reportagem na semana passada, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo feito o pedido de resgate em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos.
"Destaca-se que a empresa WLJC não é uma corretora muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro. Mayke é cliente da empresa WLJC", disse a empresa na ocasião.
No caso de Scarpa, o juiz Danilo Castro havia determinado que fossem bloqueadas as contas tanto da WLJC quanto de seus sócios, incluindo Willian Bigode, até o limite do valor da ação, de R$ 5,3 milhões. Porém, a decisão foi revertida na última sexta.
Os jogadores dizem que receberam a indicação da Xland por meio da empresa WLJC Consultoria, que tem Willian Bigode como sócio.
Mayke diz que investiu R$ 4,5 milhões, e deveria ter um retorno de R$ 3,2 milhões. Scarpa, por sua vez, colocou R$ 6,3 milhões na Xland. Nenhum dos dois, contudo, conseguiu receber as quantias de volta quando tentaram reaver os investimentos.
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