Topo

Diego Garcia

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Abel Ferreira é processado em Natal; caso envolve acusação de fraude

Colunista do UOL

24/03/2023 18h37Atualizada em 25/03/2023 08h44

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, enfrenta um processo na 1ª Vara Cível da Comarca de Natal, no Rio Grande do Norte. Um homem acusa o treinador e outras pessoas de retirá-lo da sociedade de uma incorporadora de forma ilegal, acusando fraude no procedimento por parte do treinador e outros sócios da empresa.

A assessoria do técnico português admite a existência de um processo civil, mas nega que ele seja acusado de um crime: "É completamente falso que eu tenha sido acusado ou vá ser julgado em qualquer processo-crime. Deste modo, qualquer notícia em que seja dito o contrário é completamente falsa e ofensiva da minha imagem e bom nome enquanto pessoa, responsabilizando todos aqueles que a criaram ou a divulgaram."

Processo envolve disputa por poder de incorporadora

Autor da ação, o português Pedro Gabriel Brandão Barros de Souza afirma que ele foi deposto do cargo de administrador da EdiBrasil Construções e que sua participação na sociedade foi diminuída em um processo com "uma série de suspeitas".

Na ação, Pedro diz que um aditivo de contrato foi assinado sem sua assinatura, impresso com letra diferente do aditivo e com carimbo de reconhecimento de firma com data posterior à do protocolo, além de as assinaturas dos outros sócios estarem "descontextualizadas".

Ele aponta, no processo, que "está diante de uma fraude documental para prejudicá-lo e destituí-lo da sociedade", deixando o sócio Benjamin Jorge Ferreira Campos, também português, com poderes para administrar a empresa.

Ele cobra a dissolução da sociedade, pró-labores em atraso (referente à função de administrador) e R$ 590 mil por mútuos. E ainda pede indenização de R$ 500 mil em danos morais. No total, o pedido do autor do processo fica perto de R$ 4 milhões. O autor do processo ainda pediu para ser reincorporado à empresa, o que até o momento foi negado pela Justiça.

Pedro também cita a existência de uma investigação na polícia civil, o que é negado pelo técnico. A empresa foi criada em 2012, bem antes de Abel Ferreira chegar ao Palmeiras. O treinador ainda é um dos sócios da incorporadora.

Palmeiras se manifesta

O Palmeiras demonstrou apoio ao seu treinador e em nota nas redes sociais disse que "a verdade prevalecerá sobre as mentiras veiculadas".