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Scarpa envia 250 páginas de conversas e áudios com Bigode à Justiça
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*Com Ricardo Perrone, colunista do UOL
O meia Gustavo Scarpa anexou cerca de 250 páginas de supostas provas contra o atacante Willian Bigode para comprovar o envolvimento do ex-companheiro de Palmeiras no processo que move para tentar reaver os mais de R$ 6 milhões investidos em criptomoedas com a Xland.
Em petição enviada nesta terça-feira à 10ª Vara Cível da Justiça de São Paulo, Scarpa anexou áudios e conversas de Whatsapp com Bigode e seus sócios na empresa WLJC e com a Xland. O objetivo é mostrar a relação de consumo e a intermediação feita no negócio.
Os advogados tentam provar que o meia foi um consumidor do serviço ofertado pela WLJC, empresa de consultoria que tem Willian Bigode como sócio. Scarpa quer demonstrar que o ex-parceiro sugeriu o investimento e garantiu sua segurança.
"Ao final, o negócio resultou-se desastroso, pois a garantia ofertada como segurança aos investidores nunca valeu o que foi amplamente defendido e assegurado por todos os réus (Xland, WLJC e seus sócios, incluindo Bigode)", ressaltaram os advogados de Scarpa.
Com a petição, Scarpa quer que Bigode e sua empresa continuem no polo passivo do processo, de forma a garantir o ressarcimento dos prejuízos causados ao jogador do Nothingam Forest.
Ele mostrou, inclusive, que a WLJC tinha apenas R$ 3 mil em suas contas bancárias, conforme mostram documentos de varredura feita pela Justiça na empresa, para justificar que os sócios da empresa também devem ter seus ativos financeiros bloqueados.
Em fevereiro, o tribunal havia acatado a inclusão da WLJC e seus sócios no polo passivo do processo, fazendo com que Bigode e sua empresa respondessem pelo prejuízo de Scarpa. Posteriormente, a consultora apresentou defesa para derrubar uma penhora em suas contas, e conseguiu.
Entenda o caso
A Xland virou pivô do noticiário esportivo e policial nos últimos dias, por ter feito Scarpa e Mayke irem à Justiça não só contra a empresa, mas também contra o ex-companheiro de Palmeiras Willian Bigode. Os jogadores dizem que receberam a indicação da Xland por meio da empresa WLJC Consultoria, que tem Willian Bigode como sócio.
Mayke diz que investiu R$ 4,5 milhões, e deveria ter um retorno de R$ 3,2 milhões. Scarpa, por sua vez, colocou R$ 6,3 milhões na Xland. Nenhum dos dois, contudo, conseguiu receber as quantias de volta quando tentaram reaver os investimentos. Eles dizem que tinham uma relação de amizade com Willian. Por isso, depositaram suas confianças no jogador, que posteriormente os indicou à Xland para realizarem os investimentos.
Em nota enviada à reportagem quando a polêmica veio a público, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos. Abaixo, veja mais sobre o que diz a empresa:
"Destaca-se que a empresa WLJC não é uma corretora muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro.
Mayke é cliente da empresa WLJC que presta o serviço de planejamento financeiro. Ressalta-se que quanto ao Scarpa, somente foram prestadas informações com relação à Xland e qual o procedimento para investir, uma vez que ele não possui contrato de prestação de serviços com a WLJC.
Importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, deu-se diretamente por Mayke e Scarpa com a Xland, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da Xland".
Procurado novamente pela coluna para se pronunciar sobre as supostas provas apresentadas, os representantes de Bigode não quiseram se pronunciar.
Veja mais aqui sobre o que diz a Xland a respeito do imbróglio.
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