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Justiça dá prioridade a Denilson por receber dívida de Belo antes de outros
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A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de um músico para receber uma dívida do cantor Belo antes do ex-jogador Denilson, que há mais de 20 anos tenta embolsar um crédito que hoje pode estar na casa dos R$ 9 milhões.
Em decisão publicada nesta quarta (28), o juiz Carlo Melfi disse que não há nenhuma comunicação da Justiça do Trabalho para que sejam penhorados valores recebidos por Denilson no processo contra Belo.
O juiz acrescentou que o músico Sirley Ferreira, que alega ter um crédito trabalhista de R$ 930 mil para receber de Belo, não juntou comprovantes de que penhorou direitos autorais do ex-vocalista da banda Soweto.
Denilson, por outro lado, vem penhorando os valores recebidos por Belo nos últimos anos. A defesa do cantor diz que o ex-atleta já levou mais de R$ 1,7 milhão em penhoras de direitos autorais e shows que deveriam ser destinados ao artista.
A decisão da Justiça também apontou que Belo reconheceu que a dívida já estava em R$ 4,9 milhão em 2021. O valor, porém, é questionado por Denilson, que em 2019 apontava o crédito em R$ 7 milhões — com juros, o valor atual pode estar perto de R$ 9 milhões.
O juiz determinou que o contador designado pela Justiça faça o cálculo de quanto a dívida alcança atualmente e apresente o quanto antes ao tribunal.
O músico Sirley tinha ingressado no processo movido pelo ex-jogador contra Belo e solicitou que a Justiça lhe dê prioridade para receber uma dívida de R$ 930 mil do ex-vocalista do grupo Soweto. O pedido foi feito logo após o tribunal penhorar os cachês e prêmios de Belo junto à TV Globo — ele participou recentemente do programa Dança dos Famosos.
De acordo com o músico, o débito é referente a um acordo descumprido em uma ação trabalhista movida desde 2012, na 68ª Vara do Trabalho da Capital, na Barra Funda, em São Paulo.
A briga entre Denilson e Belo se arrasta há mais de 20 anos. O ex-jogador gerenciava a banda de pagode Soweto, que tinha o cantor como líder, mas a parceria foi rompida em 2000, quando Belo deixou o grupo para dar início a uma carreira solo. O ex-jogador processou o cantor por quebra de contrato. Em 2004, Belo foi condenado a pagar uma indenização ao ex-jogador.
A coluna tentou contato com a defesa de Belo e Denilson, mas não conseguiu até a publicação. A matéria será atualizada caso as partes queiram comentar.
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