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Scarpa vence na Justiça, e Bigode vira réu em briga por R$ 6,3 milhões
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*Com Ricardo Perrone, do UOL
A Justiça de São Paulo deu ganho de causa ao meia Gustavo Scarpa em briga judicial com o atacante William Bigode. Em sentença publicada nesta quinta (29), o tribunal entendeu que o hoje jogador do Athletico Paranaense deve ser réu na ação movida pelo ex-companheiro de Palmeiras, que tenta reaver R$ 6,3 milhões em investimentos frustrados.
A decisão foi do juiz Danilo Fadel Castro, da 10ª Vara Civel do Foto Central de São Paulo. O magistrado apontou que a WLJC, de Bigode, integra a mesma cadeia de fornecimento da XLand, empresa acusada de ter sumido com o dinheiro de Scarpa.
Assim, o juiz acolheu um pedido do ex-jogador do Palmeiras para desconsiderar a personalidade jurídica da empresa de Bigode, ou seja, fazer com que seus donos possam responder pela dívida. "Os sócios têm legitimidade para compor o polo passivo da demanda, ante, em tese, sua responsabilidade solidária pelo risco do negócio".
O magistrado destacou que Scarpa não obteve sucesso na localização de bens das empresas que respondem pelo processo, sem conseguir garantias financeiras que pudessem satisfazer seu crédito. "Situação que revela obstáculo ao ressarcimento do aduzido desfalque que suportou ante a impossibilidade de resgatar seu dinheiro investido", disse o juiz.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Bigode e a WLJC dizem que vão recorrer contra a decisão. O recurso deve ser apresentado ainda nesta sexta (30).
Scarpa colocou R$ 6,3 milhões na Xland, após indicação de William Bigode, seu então companheiro de Palmeiras, e de sua empresa, a WLJC. O mesmo ocorreu com Mayke, outro que foi à Justiça cobrando R$ 7 milhões em investimentos.
Nenhum dos dois, contudo, conseguiu receber as quantias de volta quando tentaram reaver os valores. Dessa forma, a Xland virou pivô do noticiário esportivo e policial nos últimos dias, por ter feito Scarpa e Mayke irem à Justiça não só contra a empresa, mas também contra o ex-companheiro de Palmeiras Willian Bigode.
Os atletas dizem que tinham uma relação de amizade com Willian. Por isso, depositaram suas confianças no jogador, que posteriormente os indicou à Xland para realizarem os investimentos.
Em nota enviada à reportagem quando a polêmica veio a público, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos.
Por sua vez, a Xland nega que tenha dado golpe em seus clientes. A empresa alega que teve recursos congelados em processo de recuperação judicial da corretora criptomoedas FTX nos Estados Unidos.
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