Dívida de R$ 20 milhões com agente penhora contas do Internacional

*Com Marinho Saldanha, do UOL, em Porto Alegre (RS)

Uma dívida de R$ 20 milhões com o empresário André Cury causou penhora das contas bancárias do Internacional. O débito é referente a um acordo não pago de antigos processos movidos contra o clube.

As dívidas são por transações feitas no passado envolvendo ex-jogadores do Inter, como os atacantes Jô e Dagoberto, o zagueiro Juan e também pela primeira passagem de Aránguiz no clube.

A briga judicial vem desde 2014, distribuída em seis processos diferentes, mas em 2021 as partes fizeram um acordo para encerrar os litígios, após o empresário penhorar as receitas das transferências futuras de Yuri Alberto e Maurício.

Existia a promessa de que Cury receberia R$ 20 milhões em eventuais vendas de Yuri Alberto e Mauricio. O primeiro foi vendido no ano passado ao Zenit por 25 milhões de euros (R$ 150 milhões), mas o empresário não recebeu sua parte. Atualmente, o jogador está no Corinthians.

Como as quantias prometidas não foram pagas, Cury decidiu a executar a dívida na Justiça. Foi por causa do débito com o agente que o Inter ainda não conseguiu quitar valores com o ídolo Andrés D'Alessandro, o que causou desconforto em seu retorno ao Beira Rio.

O Inter admite algumas pendências com o Cury, situações que são anteriores a 2014. Há algumas penhoras em execução.

Por outro lado, de acordo com fontes do clube, a relação do Inter com o empresário é muito boa e, ainda que seja segurança dele estar com esta situação na Justiça, o clube conversa com Cury para encontrar uma forma de resolver as pendências antigas.

A relação é tão boa que, depois desse período de dívida, o Inter fez vários negócios com o Cury, como as transferências de Yuri Alberto, Praxedes, Aránguiz, Mauricio, Rômulo, entre outros jogadores.

Portanto, não é algo que preocupe o Inter. Ainda que esteja na Justiça, o clube conversa com o empresário para achar uma forma de arcar com os pagamentos. Até o momento, a diretoria atual pagou mais de R$ 40 milhões em dívida deixadas por gestões anteriores.