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Justiça autoriza músico a receber dívida de Belo antes de Denilson
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Mais um músico solicitou prioridade à Justiça para receber antes de Denilson uma dívida do cantor Belo. E, desta vez, o tribunal autorizou o pedido, e penhorou o processo do ex-jogador para que o outro credor possa receber antes.
O músico Alexandre Pereira pediu que fossem penhorados, dentro da ação movida por Denilson, R$ 205 mil em "crédito privilegiado de cunho alimentício". Ele move um processo trabalhista contra Belo, em execução na 35ª Vara do Trabalho da Capital, na Barra Funda.
O músico diz que esgotou todas as tentativas de recebimento do crédito naquele processo, não restando outra alternativa que não fosse a penhora da dívida no processo de Denilson.
Em decisão publicada na última sexta (30), o juiz Carlo Melfi, da 5ª Vara Cível de São Paulo, autorizou o pedido, dando prioridade a Alexandre nos próximos bloqueios. mas ressaltou que, no momento, não existem valores a serem levantados no processo de Denilson.
A decisão vem dias depois de a Justiça rejeitar o pedido de outro músico, Sirley Ferreira, para receber uma dívida do cantor Belo antes do ex-jogador Denilson. Nesse caso, não havia nenhuma comunicação da Justiça do Trabalho para que fossem penhorados valores recebidos pelo ex-atleta da Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes).
A entidade vem depositando mensalmente valores referentes a direitos autorais de Belo, que vem sendo sacados por Denilson - a defesa do músico calcula que, até o momento, já tenham sido penhorados, em valores atualizados, cerca de R$ 1,7 milhão em shows e músicas.
Porém, o juiz determinou que a dívida de Alexandre tenha prioridade no recebimento, por ser de verba trabalhista. Ele também apontou que a Justiça do Trabalho pode solicitar uma comunicação imediata à Abramus para conferir prioridade ao crédito mencionado.
O juiz ainda negou um pedido de segredo de Justiça no processo envolvendo Belo e Denilson. E pediu que o cantor exponha a sua situação econômica, diante da ausência de encontro de bens relevantes ou ativos financeiros, ainda mais depois da notícia de que existem outros créditos relativos a outros credores, de modo que dificulte a satisfação do cumprimento de sentença do ex-jogador.
O último cálculo apresentado por Denilson, em 2019, apontava uma dívida na casa dos R$ 7 milhões. Já Belo, em 2021, reconheceu o valor como sendo R$ 4,9 milhões. A Justiça pediu que um contador realize um cálculo para determinar a quantia exata.
A briga entre Denilson e Belo se arrasta há mais de 20 anos. O ex-jogador gerenciava a banda de pagode Soweto, que tinha o cantor como líder, mas a parceria foi rompida em 2000, quando Belo deixou o grupo para dar início a uma carreira solo. O ex-jogador processou o cantor por quebra de contrato. Em 2004, Belo foi condenado a pagar uma indenização ao ex-jogador.
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