Diego Garcia

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Ministério Público pede audiência entre Neto e Sampaoli por ofensas

O Ministério Público de São Paulo pediu para a Justiça agendar uma audiência de conciliação entre o ex-jogador e hoje apresentador Neto e o técnico Jorge Sampaoli, do Flamengo.

A promotora Amaitê Giriboni citou o artigo 520 do Código de Processo Penal, quanto ao delito de ação penal privada, para intimar as partes a realizarem audiência.

Ela ainda mencionou que, antes de apresentar a queixa-crime, Sampaoli já havia pedido esclarecimentos a Neto por calúnia e difamação, e que a ofensa foi considerada configurada e bastante clara pela decisão judicial.

Assim, Neto e Sampaoli devem ser intimados para comentarem a manifestação do Ministério Público. A Justiça de São Paulo ainda não retornou o ofício do MP.

O técnico abriu uma queixa-crime na 1ª Vara Criminal de Pinheiros, pedindo que Neto responda criminalmente por ofensas proferidas ao vivo na TV Bandeirantes.

Em um segundo processo, ele cobra R$ 500 mil de danos morais, além de uma retratação nos programas Baita Amigos e Os Donos da Bola. Também quer que Neto seja proibido de veicular novas ofensas contra ele.

Nesse processo, no último dia 2 de agosto a Justiça deu 15 dias para as partes "especificarem as provas que pretendem produzir, justificando detalhadamente a necessidade e a pertinência para a decisão do feito, arrolando as testemunhas que pretendem ouvir em audiência".

O advogado de Neto, Herói Vicente, afirmou que não tem interesse em comentar um processo em trâmite. O estafe de Sampaoli não respondeu.

Entenda o caso

Segundo Sampaoli, Neto disse que o técnico tratou mal Arzul, funcionário do Santos, "porque ele é negro", sem qualquer prova de suas alegações, e o chamado de "nojento escroto" e que não merece treinar um time brasileiro.

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"Vocês não dão moral para as pessoas que são do próprio país, aí vocês dão moral para um cara como esse, que muitas vezes tratou as pessoas de uma maneira tão racista, de uma maneira tão hipócrita", disse Neto, segundo alegou Sampaoli.

Ainda de acordo com as alegações do argentino, Neto o chamou de "baixinho", "idiota", "uma vergonha" e "isso é pinto pequeno".

Sampaoli acrescentou que Neto deixou explícito, no programa, que não teme nada e nem ninguém, inclusive sem medo de ser processado, tudo com o aval da Bandeirantes.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do que foi informado em uma versão anterior do texto, a promotora Amaitê Giriboni citou o artigo 520 do Código de Processo Penal. O erro já foi corrigido.

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