Diego Garcia

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Parceira da CBF é convocada para depor em CPI de manipulação de jogos

A CPI que investiga esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol convocou a Brax, que é parceira da CBF na venda de placas e patrocínios de publicidade.

A empresa virou desde o começo deste ano a responsável por esse serviço na Copa do Brasil, considerada a competição mais lucrativa do calendário nacional.

A Brax ainda possui os direitos da Série B e possui contrato com 17 times do futebol brasileiro, além de ter acordo com a Ferj para transmitir o Campeonato Carioca.

A princípio, era esperado que a empresa prestasse depoimento nesta terça (29), mas acabou sendo adiado para a manhã desta quinta (31).

De acordo com requerimento do deputado Julio Arcoverde (PP-PI), o motivo da convocação da Brax é por informações que apontam três empresas de apostas como suas patrocinadoras.

Betano, PixBet e Betnacional constam no site da Brax como fornecedoras de ferramentas criadas para esse mercado, com cotações fornecidas em tempo real nos equipamentos de led durante a transmissão dos jogos.

"Embora não existam indícios da participação das casas de aposta nos esquemas até então revelados, não há como negar que as manipulações se tornam possíveis em razão da existência de um mercado de apostas esportivas em ascensão", disse o deputado no requerimento.

Segundo ele, o objetivo é entender como as casas de apostas se entranharam no futebol brasileiro, sobretudo a partir de anúncios disponibilizados durante a transmissão das partidas.

A Brax foi procurada pela coluna para comentar a convocação, mas não respondeu até a publicação. A matéria será atualizada caso a empresa se manifeste.

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Fundada no ano passado, a Brax cresceu após a fusão com outras três, entre elas, a Esportecom, que dominava o serviço de placas em parcerias com a CBF sem licitação, segundo reportagem de 2019 da Folha de S. Paulo.

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