Diego Garcia

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Justiça tira do ar site da Blaze, patrocinadora principal do Santos

A Justiça de São Paulo determinou que seja tirado do ar o site de apostas Blaze, que patrocina o Santos e Atlético-GO.

A informação foi confirmada à coluna pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que apontou ter repassado a ordem do tribunal às prestadoras.

"No intuito de apoiar o devido cumprimento de uma decisão judicial, a Anatel as encaminha para as prestadoras para que estas adotem todas as medidas necessárias ao seu integral", disse a agência ao UOL.

No caso do acesso à Internet, tal operação se dá pelas empresas prestadoras do SMP (que provê o acesso à internet móvel) e do SCM (que provê o acesso à internet fixa), segundo informou a Anatel.

A determinação judicial foi enviada à Anatel por um delegado de polícia da 3ª Delegacia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas que solicitou o cumprimento da decisão.

Na tarde desta terça (5), ainda era possível entrar no site. A empresa é uma das citadas na CPI das Pirâmides Financeiras.

Intermédio da operação

Há alguns dias, o presidente do Santos, Andrés Rueda, deu depoimento na CPI e informou que pagou comissão ao pai de Neymar por ter intermediado a operação de patrocínio da camisa do clube, que rendeu R$ 45 milhões aos cofres alvinegros.

Questionado pelos deputados, o cartola confirmou um comissionamento de 10% (R$ 4,5 milhões) à empresa NN Consultoria, de Neymar pai.

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Segundo apurou o UOL, o Santos se diz juridicamente respaldado e não acredita que possa respingar no clube, que apenas cede espaço pra "divulgação". A coluna não conseguiu contato com a Blaze.

O pai de Neymar, por sua vez, também foi convocado para dar depoimento na CPI na semana seguinte sobre o assunto, mas a sabatina foi retirada de pauta após ele colaborar com o envio de documentos.

De acordo com o autor do requerimento, o deputado Caio Vianna (PSD-RJ), o empresário entrou em contato com seu gabinete por meio de advogados enviando documentos que poderiam ajudar a CPI.

"O seu Neymar, na figura de seus advogados, entrou em contato com nosso gabinete colocando de boa-fé a intenção de prestar informações e esclarecimentos e assim o fez trazendo à CPI documentos relevantes ao prosseguimento da investigação", disse o deputado Caio Vianna.

Porém, o empresário ainda pode ter sua convocação colocada em pauta em uma sessão futura, caso a comissão entenda que os documentos não são suficientes.

O Santos e a "Blaze" assinaram em abril deste ano o contrato para um novo patrocínio máster de camisa no valor de aproximadamente R$ 45 milhões, por dois anos de vínculo.

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