Diego Garcia

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Popó acertou patrocínio em lutas com empresa que deu golpe milionário

O tetracampeão mundial de boxe, Acelino Freitas, o Popó, sofreu um golpe de mais de R$ 1 milhão da Braiscompany, a mesma empresa que levou R$ 32 milhões do ex-jogador Magno Alves.

E a relação entre Popó e a Braiscompany foi muito além das criptomoedas. A empresa fez contratos com o atleta para patrociná-lo em uma de suas lutas, sob a promessa de pagamento de R$ 200 mil em criptomoedas.

Assim, a Braiscompany estampou Popó tanto no calção quanto no roupão em lutas realizadas pelo lutador no ano de 2022. Porém, não cumpriu com os pagamentos acordados.

Além do patrocínio que não foi quitado, Popó colocou dois aportes de R$ 500 mil do próprio bolso para investir em criptomoedas junto à empresa, em três contratos de cessão temporária de criptoativos.

As informações constam em processos abertos pelo lutador contra a Braiscompany, nos tribunais de Justiça da Bahia e da Paraíba. Nessas ações, Popó diz ter medo de não reaver seu dinheiro, razão pelo qual decidiu brigar judicialmente.

Popó também cita nos processos os mandados de prisão em nome dos donos da Braiscompany, Antonio Neto Ais e Fabricia Ais, que viviam uma vida de luxos, sempre exposta nas redes sociais, conforme mostrou há algumas semanas a coluna. Eles seguem foragidos.

Popó pediu para a Justiça bloquear R$ 1,2 milhão da empresa, assim como alienar os bens de seus sócios para conservar os direitos do lutador de reaver seu dinheiro. Ele também quer que seus contratos com a Braiscompany sejam considerados nulos, mais danos morais de 15% do valor da causa, ou cerca de R$ 180 mil.

Em entrevista recente ao Fantástico, Popó lamentou o investimento frustrado. "Fui muito otário, muito besta, muito infantil, não existe rendimento de 8% em em qualquer lugar do mundo. Eu apanhei feio, mas esse cara ganhou muita gente por nocaute, muita gente está passando dificuldade e fome", refletiu.

A coluna não conseguiu contato com o lutador e nem com a Braiscompany, que dissolveu suas atividades e ao qual seus sócios ainda estão foragidos.

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