Justiça pede informações à Polícia Federal sobre caso Scarpa x Bigode
*com Ricardo Perrone, colunista do UOL
A Justiça de São Paulo determinou que seja expedido um ofício à Polícia Federal para que seja atualizado o andamento de uma investigação do caso que envolve Gustavo Scarpa, Willian Bigode e a Xland, acusada de golpe de criptomoedas.
Em decisão publicada nesta terça-feira, o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível de São Paulo, acatou um pedido da defesa de Scarpa e solicitou informações de qual o resultado sobre um laudo merceológico feito pela PF nas pedras de alexandrita, dadas pela Xland como garantia no caso.
O magistrado proferiu uma decisão-ofício à superintendência da Polícia Federal para que a questão seja esclarecida, assim como solicitou providências do diretor da Receita Federal para informar ao tribunal o andamento do caso.
O juiz quer saber o valor real das pedras preciosas, aos quais a Xland diz que valem mais de R$ 2 bilhões, mas que foram compradas por apenas R$ 6 mil. O processo corre desde o início do ano passado, na Justiça de São Paulo.
Scarpa cobra mais de R$ 6 milhões da Xland e de Willian Bigode, ex-companheiro de Palmeiras, acusado de ter feito a intermediação do meio-campista com a empresa. Mayke também pede na Justiça mais de R$ 8 milhões.
Em entrevista nesta semana, durante apresentação no Atlético-MG, Scarpa disse: "Acompanhei a entrevista dele [Willian Bigode]. Prefiro nem comentar sobre, apesar da vontade que eu tenho de comentar, de falar tudo que eu penso dele, de tudo que ele fez. Estou esperando a Justiça ser feita".
Bigode, por sua vez, havia sido apresentado no Santos e afirmou: "É uma situação que não é normal, mas é uma situação que não vou falar mais. Está muito bem resolvida internamente. Sei do meu caráter, da minha identidade, sei quem eu sou e quero me manter focado no meu trabalho".
Bigode e sua empresa WLJC se dizem vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro de 2022, até hoje não foram devolvidos.
A Xland nega ter dado golpe em seus clientes. Ela afirma que os recursos da empresa foram congelados em um processo judicial de recuperação da [empresa] FTX, que se desenrola nos Estados Unidos.
A coluna procurou Bigode e a Xland para comentar a decisão sobre o ofício à Polícia Federal. O texto será atualizado caso eles se manifestem.
Deixe seu comentário