Diego Garcia

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Por dívida, Justiça manda a leilão mansão de Cafu pela metade do preço

A Justiça de São Paulo autorizou um novo leilão de uma mansão do ex-lateral Cafu, pentacampeão do mundo com a seleção brasileira, localizada no bairro de Alphaville, em Barueri.

Em decisão publicada no fim de fevereiro, o juiz Bruno Straforini, da 1ª Vara Cível de São Paulo, determinou a homologação do edital de leilão, marcado para o dia 4 de abril.

A determinação é que o primeiro leilão seja pelo valor de avaliação do imóvel, de R$ 40 milhões. Caso não ocorra a venda, um segundo certame vai ocorrer, desta vez com lance inicial pela metade do preço: R$ 20 milhões.

A mansão de Cafu tem 2.581m², quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.

Defesa de Cafu pede cancelamento do leilão

Após o leilão ser homologado pelo tribunal, Cafu entrou com uma petição urgente pedindo a imediata reconsideração da decisão e o cancelamento do certame.

A defesa do ex-jogador quer indicar um leiloeiro de confiança e questiona o profissional escolhido pela Justiça para realizar o leilão, citando que ele não obteve êxito na venda em outras duas oportunidades e "toma decisões arbitrárias e ilegais, trazendo tumulto e insegurança jurídica".

Porém, o tribunal respondeu e afirmou que o leiloeiro escolhido "goza da confiança do juízo e já obteve proposta anterior em valor bastante razoável para a alienação do bem, de modo que a sua manutenção é necessária para aumentar as probabilidades de êxito na alienação e consequente satisfação do débito e extinção do processo".

Em janeiro, a Justiça paulista decidiu invalidar um leilão anterior da mansão, realizado em dezembro. O juiz disse na decisão que a oferta de R$ 25 milhões obtida no procedimento ficou abaixo do valor mínimo pactuado no processo. Na ocasião, o edital estabelecia um valor mínimo de R$ 35 milhões.

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Dívida é de R$ 9,5 milhões

A dívida está estimada em R$ 9,5 milhões e é referente a um processo aberto em fevereiro de 2018 pela VOB Cred Securitizadora contra a Capi-Penta International Football Player Ltda, empresa de Cafu.

O ex-jogador não nega a dívida e tenta evitar o leilão da mansão, com o argumento de que é sua residência e, como bem de família, não pode ser expropriada. Além disso, afirma que o pagamento do débito estaria garantido por outros bens.

Caso o novo leilão obtenha sucesso, Cafu deve deixar o imóvel em 45 dias úteis após a expedição da carta de arrematação.

A coluna procurou os representantes do jogador, mas não conseguiu contato. A reportagem será atualizada caso o ex-jogador queira se manifestar.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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