Diego Garcia

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Justiça livra Tite de pagar comissão por compra de mansão de R$ 12 milhões

A Justiça do Rio de Janeiro livrou o técnico Tite de ter que pagar uma comissão de mais de R$ 500 mil a corretores que alegavam ter ajudado o treinador a comprar uma cobertura luxuosa no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O imóvel vale R$ 12 milhões.

Em decisão publicada nesta semana, a juíza Flavia de Almeida, da 6ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca, julgou que os pedidos dos corretores são improcedentes.

Para o tribunal, a parte que abriu o processo não conseguiu comprovar que efetivamente prestou o serviço de corretagem, com visitas ao imóvel ao lado de Tite e sua esposa, reuniões para discutir o contrato ou outras atitudes parecidas. A atuação limitou-se apenas a mostrar algumas fotos.

No mês passado, Tite prestou depoimento em audiência no Rio de Janeiro. Uma imobiliária acusa o treinador de levar vantagem de R$ 1,5 milhão ao tirar da jogada o serviço dos corretores.

Segundo disse a Ativa Imobiliária à Justiça, Tite descartou a corretagem ao comprar uma cobertura direto do proprietário. Pagou R$ 10,3 milhões, quando deveria ter custado R$ 12 milhões, preço que havia sido informado anteriormente.

Tite e sua mulher, em contrapartida, alegaram que jamais contrataram a empresa, pois tinham contato direto com o dono da cobertura, e dele recebiam instruções diretas sobre a venda do imóvel. Eles anexaram depoimento do então proprietário para corroborarem sua defesa.

Em audiência, a mulher de Tite, Rosemari, disse que não recebeu a visita de ninguém da Ativa, tendo apenas pedido fotos da cozinha do apartamento ao corretor por curiosidade. O treinador, por sua vez, afirmou que não se recorda de ter solicitado nenhum pagamento à Ativa, mas que não teve contato com ninguém da empresa antes da compra da cobertura.

A coluna procurou Tite e a Ativa para comentarem. O técnico não respondeu, e a empresa enviou uma nota, que diz: "a sentença tem apenas uma página de fundamentação, com 22 linhas de decisão de mérito.
Há prova inequívoca da intermediação feita pela empresa em favor do Tite. A sentença não considerou as mensagens de Whatsapp, o histórico de prestação de serviços prestados pela empresa para o Tite e, em especial, o depoimento das partes, o que nos leva a considerar possível a sua revisão e iremos recorrer".

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