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Justiça rejeita liminar e vê Ronaldinho inocente em golpe de criptomoedas

A Justiça de São Paulo rejeitou um recurso que pedia que Ronaldinho Gaúcho fosse considerado culpado por um esquema de golpe de criptomoedas.

A decisão foi publicada na semana passada e diz que "não vinga, por falta de prova irrefutável, a tese de que Ronaldo deve responder pelos danos que o autor do processo sofreu, seja por não ser sócio da empresa, nem mesmo de fato, seja porque não foi minimamente demonstrado que ele detinha poder de gestão ou tomada de decisão na empresa".

O relator Almeida Sampaio ainda lembrou que Ronaldinho sequer é réu em uma ação criminal sobre o mesmo caso, o que corrobora a tese de que ele não tem culpa. Além do que, Ronaldinho teve contrato de uso de imagem temporário com as empresas réus, mas que foram distratados por violação substancial, com prejuizo à sua imagem.

O processo foi aberto há 5 anos por um empresário que investiu todas suas economias em criptomoedas por meio de uma empresa chamada 18K Ronaldinho. Ele apontou ao tribunal que foi atraído por materiais de divulgação que traziam o ex-jogador da seleção como sócio.

O homem aplicou R$ 14,4 mil com a promessa de que receberia o dobro do valor em apenas um mês.

Em sua defesa, Ronaldinho disse à Justiça que jamais foi sócio da empresa e que nunca autorizou a divulgação de seu nome como sócio. Ele tinha apenas firmado um contrato temporário de uso de sua imagem com uma empresa chamada 18K Watches a fim de que fosse criada uma linha de relógios.

Segundo Ronaldinho, porém, um dos proprietários da empresa começou a utilizar sua imagem indevidamente para promover a empresa de criptomoedas. O ex-atleta, pentacampeão mundial com a seleção, se disse vítima no caso.

No ano passado, ele foi chamado para ser ouvido na CPI das Criptomoedas, por seu suposto envolvimento no negócio. Em um primeiro momento, Ronaldinho leu um extenso depoimento escrito por seus advogados, onde se disse vítima dos sócios da 18k, por ter sua imagem utilizada de forma indevida. Ele também negou envolvimento com a empresa.

"Nunca foi autorizado que a empresa 18k utilizasse meu nome e a minha imagem. Nunca foi autorizado que a 18k utilizasse meu apelido na razão social da empresa. O Ministério Público e a Polícia Civil que investigam os sócios da 18k Ronaldinho e Comércio, fui ouvido na condição de testemunha. Sou vítima", disse Ronaldinho.

A coluna tentou contato com Ronaldinho, mas não obteve resposta. A reportagem será atualizada caso ele queira se manifestar.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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