Justiça dá ultimato e manda mansão em que Cafu mora a leilão de novo
A Justiça de São Paulo decidiu mandar novamente a leilão uma mansão avaliada em R$ 40 milhões, em nome do ex-jogador Cafu, pentacampeão mundial com a seleção brasileira.
O tribunal ainda chamou a atenção de Cafu com um ultimato, dizendo que o ex-capitão do Brasil tenta atrasar de todas as formas o andamento do processo para evitar pagar uma dívida que hoje supera R$ 10 milhões.
"O devedor se utiliza de todo e qualquer instrumento para retardar a marcha processual e evitar a satisfação da execução", disse o juiz Bruno Paes Straforini, em decisão publicada nesta segunda-feira (12), na 1ª Vara Cível de Barueri.
O magistrado rejeitou um recurso da defesa de Cafu, que alegou existir interesse jurídico da União Federal no processo, pois o terreno onde fica o endereço de Cafu pertenceria ao patrimônio público.
O juiz ainda respondeu que essa questão já foi debatida anteriormente em diversos outros processos e que acabou consolidada a possibilidade de penhora de imóveis na região.
Por fim, o tribunal decidiu que primeiro vai ocorrer uma oferta pelo valor total do imóvel e, em seguida, uma oportunidade de lance pela metade do preço - R$ 20 milhões.
A Justiça já definiu o leiloeiro responsável pelo certame. O mesmo, inclusive, marcou o leilão para o próximo dia 16 de setembro, às 15h, de forma online.
O imóvel em questão é onde Cafu mora atualmente com sua família. O local possui penhoras de cerca de R$ 20 milhões por processos contra o capitão do penta.
A ação que mandou o local a leilão é movida pela Vob Cred Securitizadora, empresa que cobra uma dívida de cerca de R$ 10 milhões de Cafu e é referente a um processo aberto em fevereiro de 2018.
A mansão de Cafu tem 2.581 m², quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.
O ex-jogador não nega a dívida e vem tentando evitar o leilão da mansão, com o argumento de que é sua residência e, como bem de família, não pode ser expropriada. Além disso, afirma que o pagamento do débito estaria garantido por outros bens.
Em abril, Cafu havia conseguido uma liminar que já havia evitado o leilão do imóvel. A coluna procurou os representantes do ex-jogador para comentarem o caso, mas não obteve resposta. A reportagem será atualizada caso queiram se manifestar.
Reportagem
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