Em festas na mansão, Ronaldinho tinha acordo com porteiros sobre polícia

Ronaldinho Gaúcho tinha um acordo com os porteiros do condomínio de luxo onde possui uma mansão na Barra da Tijuca. Isso incluía autorização da entrada de seus convidados sem que fossem identificados e até avisos sobre a chegada da Polícia Militar.

Isso é o que relatou o Condomínio Santa Mônica, em processo movido na Justiça do Rio de Janeiro para cobrar multas pelas festas excessivas do ex-camisa 10 da seleção brasileira e do Barcelona. Ronaldinho, que tem uma mansão de R$ 25 milhões no local, fez um acordo e pagou R$ 120 mil.

"A influência do réu (Ronaldinho) sobre a portaria foi tão grande, que o réu, através de seu preposto, deu uma ordem na portaria, para avisar sobre a chegada de viatura da Polícia Militar, com a finalidade de abaixarem o som e evitar a ocorrência em desfavor do réu", relataram os advogados do condomínio.

A administração do local relata que Ronaldinho controlava os funcionários da portaria, que autorizavam a entrada dos veículos e convidados sem qualquer identificação, inclusive motoristas de aplicativo.

De acordo com os advogados do condomínio, a portaria do local entrou em colapso com o intenso tráfego de motorisas de aplicativo, causando a demissão de funcionários terceirizados por causa da exposição irregular do condomínio e de seus moradores.

O processo traz diversas páginas com imagens das câmeras de segurança registrando entrada e saída de mulheres durante o dia e a noite, além das fichas de reclamações feitas por vizinhos aos porteiros, com pedidos para que a polícia fosse acionada para interromper as festas.

No início do mês, a Justiça homologou um acordo feito por Ronaldinho para quitar as dívidas deixadas com o local pelas multas acumuladas. No total, o ex-jogador confessou um débito de R$ 116.896,91, mais custas processuais de R$ 2.451,19. Ele acertou de pagar em oito parcelas, todo dia 15 de cada mês. O advogado Sérgio Queiroz, que representa Gaúcho, confirmou as informações.