Família de menino morto por cavalo tem penhoras em imóveis de Marcelinho
A família de Cristiano Donizeti Machado de Campos, morto aos 17 anos após ser pisoteado por um cavalo de Marcelinho Carioca, em 1998, tem penhoras em duas garagens e um apartamento de Marcelinho que foram leiloados no mês de junho.
Juntos, os imóveis valem R$ 1.318.750,00. E foram vendidos em leilão realizado há 2 meses, em São Paulo, por R$ 672 mil, em lance dado por um empresário do setor automotivo. O apartamento fica no bairro da Mooca, zona leste da capital paulista.
Porém, o leilão ocorreu por dívidas de condomínio acumuladas por Marcelinho que ultrapassam a marca dos R$ 2,4 milhões, em processo aberto em 2004. O apartamento tem uma área total de 513 m² e área privatica de 329 m².
A defesa de Servio Machado e Pedra Batista, de 73 e 67 anos de idade, pais do menino morto em 1998, enviou uma notificação à Justiça para obter detalhes do leilão e tentar receber. Existe esperança de que consigam, pois a penhora e o processo são os mais antigos.
Eles foram à Justiça em julho de 1998, três meses depois de perderem o filho e venceram em todas as instâncias. A última delas foi há 15 anos, e desde então eles vêm tentando de todas as formas receberem o valor que teriam direito. Nesse meio-tempo, o advogado principal morreu, e seu filho, Vitor de Camargo Holtz Moraes, passou a representá-los.
A sentença em primeira instância diz que Marcelinho contratou um menor de idade, inexperiente com animais e sem nível sócio cultural para realizar as tarefas às quais foi submetido. Nem a fazenda de Marcelinho possuía estrutura para criar cavalos, ou sequer seu gestor direto. O garoto recebia um salário de R$ 180 por mês para trabalhar no sítio.
A coluna tentou contato com Marcelinho para comentar o assunto, mas não obteve resposta. A reportagem será atualizada caso o ex-jogador queira se manifestar.
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