Perito nomeado pela Justiça para vasculhar Corinthians começa trabalhos
O perito Ricardo Augusto Requena, nomeado pela Justiça para atuar como administrador-depositário judicial no Corinthians e assegurar o pagamento de dívidas com o agente André Cury, começou os trabalhos no clube.
Ele informou ao tribunal do Foro Regional do Tatuapé nesta quinta (22) que oficialmente iniciou sua função junto ao Corinthians, solicitando diretamente ao clube os documentos necessários para seu plano de trabalho.
Segundo o perito, o Corinthians já acusou o recebimento dos pedidos e informou que irá providenciar a documentação o mais breve possível. Ricardo Requena prometeu à Justiça que vai manter o tribunal atualizado sobre os andamentos dos trabalhos.
Na semana passada, o profissional informou como pretende avaliar a receita do clube para o cumprimento da ordem judicial. Ele elaborou uma lista de documentos que o Corinthians precisa deixá-lo examinar.
Entre eles, estão o balanço patrimonial mais recente do clube, demonstrativos de resultado e exercício dos últimos 12 meses, demonstração do fluxo de caixa, balancete de verificação, declarações de faturamento e lucro e a última alteração no estatuto do clube.
Também solicitou extratos bancários de todas as contas e aplicações, cópias e comprovantes de pagamentos das contas de água, luz e telefone, um resumo geral da folha de pagamento e eventuais notas fiscais por prestações de serviços, todos esses referentes aos últimos três meses.
O perito espera também ter contato direto com o contador do Corinthians.
Os processos abertos pelo empresário André Cury se tornaram um grande problema no time alvinegro em 2024. O agente cobra uma dívida de cerca de R$ 25 milhões e já conseguiu bloquear as contas bancárias do clube algumas vezes - a última, na segunda-feira (19).
Além disso, Cury conseguiu bloquear as vendas de jogadores como Yuri Alberto e Wesley, receitas de TV do Corinthians e 20% do faturamento - razão pela qual o perito iniciou seus trabalhos no Parque São Jorge.
O Corinthians afirmou que não comenta processos judiciais em trâmite.
Reportagem
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