Justiça pede para ver contratos de Neymar e Felipe Neto com site de apostas

O autor da ação afirma que a Blaze promove ganhos extraordinários em suas plataformas, com vídeos e divulgações feitas por influenciadores que mostram que a obtenção de uma renda extra colocando dinheiro nos jogos seria algo certo.

O homem diz que, após assistir a vídeos divulgados por Neymar, Felipe Neto e outros influenciadores, resolveu colocar R$ 62 mil — as economias de toda sua vida — para apostar na Blaze.

Contudo, ele começou a perder todo o capital investido. Segundo ele, isso era diferente do que era divulgado pelos influenciadores, que pareciam ganhar vultuosas quantias de dinheiro na plataforma.

Ele então diz que encontrou vídeos na internet de influenciadores dizendo que ludibriavam os seguidores, pois nos vídeos de divulgação mostravam uma conta de treinamento da Blaze.

O próprio homem que abriu o processo afirma que conseguiu utilizar essa plataforma de demonstração, com vídeo registrado no processo, onde aumentou um investimento fake de mil euros para mais de um milhão.

Os advogados de Erick apontam que ele se viu movido pelo alto grau de ganho e confiabilidade passado pelos influenciadores, que cederam sua imagem, afeição e aceitação para gerar nele e no público uma sensação de confiança e satisfação. Foram anexados prints de posts de Neymar, Felipe Neto e outros para comprovar.

O autor do processo pediu Justiça gratuita, alegando não ter como arcar com as custas processuais. Ainda solicitou uma indenização de R$ 1 milhão. Os influenciadores ainda não foram citados pela Justiça.

Neymar e Felipe Neto não responderam ao contato da coluna, mas a reportagem será atualizada caso queiram se manifestar. A coluna não encontrou contatos da Blaze. Caso a empresa queira comentar, o texto também será atualizado.

No ano passado, a Justiça de São Paulo bloqueou R$ 101 milhões da plataforma de apostas Blaze. A polícia de São Paulo começou a investigação, segundo o Fantástico, após apostadores denunciarem que prêmios mais altos não eram pagos pela plataforma, o que leva à suspeita de estelionato.

A Justiça de São Paulo também determinou que o site da Blaze fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não foi cumprida. A empresa não tem sede nem representantes legais no Brasil.