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Justiça rejeita recurso de Cafu e oficializa venda de mansão em leilão

A Justiça de São Paulo homologou a arrematação realizada em um leilão que colocou à venda a mansão onde mora Cafu e sua família.

Em decisão publicada na quarta-feira (16), o juiz Bruno Paes Straforini, da 1ª Vara Cível de Barueri, oficializou a homologação do certame e rejeitou os dois últimos recursos apresentados por Cafu e sua esposa.

Eles defendiam que o local é um bem de família, onde mora o casal e seus filhos, tornando, assim, o imóvel impenhorável. A Justiça, que já havia rejeitado essa tese, mais uma vez negou o recurso.

O tribunal ainda apontou que Cafu e seus advogados tinham total ciência do leilão, que já havia sido suspenso outras vezes por liminares obtidas pela defesa do capitão do pentacampeonato mundial da seleção.

O juiz também deu ciência ao depósito de R$ 6,2 milhões feito pelo comprador da mansão, sendo que R$ 1,2 milhão foi endereçado ao leiloeiro responsável. O imóvel foi arrematado por R$ 20,2 milhões, metade do seu valor real, avaliado em R$ 40 milhões.

Para completar, o tribunal também pediu que mais duas penhoras sejam anotadas no processo, sendo uma do Banco Industrial e seus advogados, de R$ 1,5 milhão, e de outro credor, que também conseguiu bloquear mais R$ 615 mil. Os bloqueios na mansão ultrapassam o valor de venda.

O imóvel foi adquirido por uma imobiliária de São Paulo, que aguardava uma decisão da Justiça com a homologação do resultado do leilão para, agora, negociar a entrega das chaves por parte de Cafu.

No leilão, foram dados 15 lances, com quatro licitantes que participaram da concorrência. Nenhum deles fez ofertas na primeira rodada, que colocou o valor integral do imóvel em jogo, ou R$ 40 milhões. As propostas foram todas feitas na segunda chamada.

A mansão de Cafu tem 2.581 m², quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.

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A dívida é referente a um processo aberto em fevereiro de 2018 pela VOB Cred Securitizadora contra a Capi-Penta International Football Player Ltda, empresa de Cafu.

O ex-jogador não nega a dívida e tentou de todas as formas evitar o leilão da mansão, com o argumento de que é sua residência e, como bem de família, não pode ser expropriada. Além disso, afirma que o pagamento do débito estaria garantido por outros bens.

A defesa de Cafu foi procurada para comentar o leilão, mas não respondeu. A matéria será atualizada caso queira se manifestar.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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