Kombi, árvores e agentes: saiba dívidas que ameaçam contas do Corinthians
O Corinthians possui ao menos R$ 94 milhões em bloqueios judiciais e multas imediatas a pagar que ameaçam suas contas bancárias. Entre elas, estão débitos por acidente de kombi, plantio de árvores, contrato da Pixbet, empréstimos e comissões a empresários.
Essas informações constam em petição enviada pelo próprio clube à Justiça de São Paulo. Os advogados do clube enumeraram 10 processos considerados como exemplos de mais urgentes. Sete delas são com empresários: seis com André Cury e uma com Carlos Leite. Somados, esses débitos chegam a R$ 40 milhões.
A maior é relativa ao acordo descumprido com a Pixbet que, conforme noticiou a coluna nos últimos dias, causou diversos bloqueios nas contas corintianas. O débito total beira R$ 94 milhões.
Já outras duas são por motivos mais peculiares. A primeira é uma dívida de R$ 16 milhões com a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, por uma multa sofrida pelo clube que ainda tem a obrigação de realizar o plantio de árvores na represa Ponte Nova, em Salesópolis.
A segunda é um processo movido por um homem, de R$ 1 milhão, por um acidente de trânsito. Ele foi atropelado por uma van de propriedade do clube, utilizada para transportar alunos de uma escolinha do Corinthians. O time alvinegro acabou sendo incluído na ação e se complicou.
O clube diz, na ação, que os bloqueios em suas contas por 2 meses são fatais ao seu funcionamento regular da instituição e também aos empregados que dependem de seus salários. O processo tem o valor de R$ 379 milhões, quantia que o Corinthians pediu pela centralização de dívidas e que envolve diversas ações na Justiça de São Paulo.
Em decisão do juiz Adler Batista, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, foi concedida uma tutela de urgência para suspender todas as execuções e medidas constritivas contra o Corinthians até a apresentação e homologação de um plano de pagamento previsto no Regime Centralizado de Execuções. Agora, o clube tem 60 dias para apresentar esse planejamento.
A Justiça ainda nomeou a Laspro Consultores como administradora judicial para auxiliar na condução do regime centralizado de execuções. A função da empresa será fiscalizar e analisar a documentação contábil apresentada pelo clube, incluindo o plano de credores, balanço patrimonial e demonstrações financeiras, entre outras obrigações.
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