Família de vigilante morto por covid quer R$ 1,7 milhão do Palmeiras
A família do vigilante Cristiano Oliveira foi à Justiça contra o Palmeiras cobrando indenização pela morte do funcionário, que morreu em 12 de junho de 2021 após contrair covid-19.
A ação foi aberta pela filha de Cristiano, e a família pede R$ 1,7 milhão em danos morais, salários, 13º, férias e outros benefícios trabalhistas.
Cristiano era responsável por acompanhar e realizar a segurança de jogadores, comissão técnica e outros colaboradores, estando presente junto ao elenco em viagens e jogos.
Ele trabalhou no clube por 10 anos, inclusive no período da pandemia do coronavírus. A família cita que, mesmo em meio ao isolamento social, ele precisou exercer sua função de segurança com o retorno das partidas de futebol pela não interrupção dos campeonatos.
O vigilante foi diagnosticado com covid-19 pelo médico do Palmeiras em maio de 2021. Ele foi internado uma semana depois com piora significativa do quadro e morreu após dias no hospital.
Na ocasião, o técnico Abel Ferreira lamentou a morte do vigilante em entrevista coletiva. Ele também mencionou outro funcionário que morreu vítima da doença.
"No futebol sempre buscamos algum jeito para buscar solução, mas na morte não há jeito. É a única certa, e me custa muito os dois funcionários que deram tudo para elevar o clube e hoje faleceram os dois. Um grande abraço e um abraço de sentimento a toda a família, porque para nós é um dia muito triste, pois perdemos dois grandes homens e dois grandes palmeirenses", disse o treinador.
Segundo apurou a coluna, o Palmeiras se surpreendeu com a ação, pois prestou todo o apoio possível à família do colaborador. Além disso, o clube acredita que é impossível afirmar como e de quem o Cristiano contraiu a doença.
Vale lembrar que o Palmeiras, diferentemente de outros grandes clubes, não demitiu nenhum funcionário durante toda a pandemia e ainda pagou um salário extra a seus colaboradores no fim de 2021.
A ação foi aberta na 37ª Vara Cível de São Paulo e corre em segredo de Justiça. O clube ainda não foi citado. Procurado, o Alviverde não comentou o processo.
Em decisão inicial, a juíza Renata Manzini pediu que o processo seja transferido ao Tribunal do Trabalho.
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