Diego Garcia

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Com dívidas, Cafu tenta desbloquear patrimônio após perder mansão em leilão

O ex-lateral Cafu, pentacampeão mundial com a seleção brasileira, ingressou com um pedido de liminar na Justiça de São Paulo para tentar se livrar de penhorar que bloqueiam seu patrimônio em sua totalidade.

O pedido foi feito no fim do ano passado, semanas depois de o ex-capitão da seleção perder uma mansão avaliada em R$ 40 milhões por uma divida com a Vob Cred Securitizadora.

Os advogados defendem que o débito, atualmente em cerca de R$ 10,5 milhões, já foi garantido com a venda da mansão. Eles dizem que há um excesso de penhora no processo, que bloqueou todo o patrimônio de Cafu e está o onerando de forma excessiva e invasiva.

Assim, foi solicitado o levantamento de todas as penhoras que recaem sobre todos os bens móveis e imóveis de Cafu.

Procurada pela coluna, a defesa apontou que existe um excesso de penhora e que não há razão ou necessidade de que sejam mantidos os bloqueios excessivos determinados. Para o ex-atleta, o processo está completamente garantido, e por essa razão o pleito da defesa é apenas para que os bloqueios excessivos sejam liberados.

Ocorre que Cafu está com seu patrimônio todo penhorado pelo débito, além de ter sofrido diversas penhoras que comprometem a venda do imóvel em sua totalidade.

Em outubro, por exemplo, o Banco Industrial e seus advogados conseguiram penhorar R$ 1,5 milhão no processo que originou o leilão. Outro advogado também conseguiu bloquear mais R$ 855 mil. Meses antes, um idoso conseguiu bloquear outros R$ 7,3 milhões. E, desde 2020, uma série de credores têm se manifestado na ação para cobrar o ex-jogador. Essas penhoras ultrapassam a marca de R$ 15 milhões.

Os bloqueios, somados à dívida original com a Vob Cred, são maiores do que a quantia alcançada com o leilão da mansão de Cafu.

O imóvel foi colocado a leilão por R$ 40 milhões, mas não recebeu propostas. Em um segundo certame, realizado em seguida, foram dados 15 lances, com quatro licitantes que participaram da concorrência. Nenhum deles fez ofertas na primeira rodada, que colocou o valor integral do imóvel em jogo, ou R$ 40 milhões. As propostas foram todas feitas na segunda chamada, oficializando a venda pela metade do preço: R$ 20,2 milhões.

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A mansão de Cafu tem 2.581 m², quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.

O imóvel foi adquirido por uma imobiliária de São Paulo. No momento, ainda existe uma liminar do STJ que impede a expedição da carta de arrematação, o que trava a entrega das chaves ao novo comprador.

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