Corinthians não quer acordo e detona editoras que tentam tomar seu hino
O Corinthians informou à Justiça que não tem interesse em fazer uma audiência de conciliação com as editoras que processam o clube para tomarem seu hino, nomeado "O Campeão dos Campeões". O clube também detonou a postura das empresas no processo e não vai abrir mão de seguir com a propriedade de sua canção original.
O clube atacou as editoras, que acusaram a juíza do caso de ser corintiana e julgar de forma parcial. Para o clube, o argumento "é pífio e escancara que não existe qualquer lógica, base ou interesse jurídico no processo", o que deixa expresso com clareza que o recurso apresentado pelas empresas é de natureza "fragilíssima".
Ocorre que, no fim do ano passado, as editoras musicais Corisco e Musiclave ingressaram com recurso na Justiça para reverterem uma decisão de que o hino do Corinthians realmente pertence ao clube. No documento, chamaram o clube de mentiroso e acusaram o tribunal de julgar a ação de forma parcial.
Segundo as empresas, a Justiça foi levada ao erro em uma decisão inicial que reconheceu o clube como legítimo dono de seu hino, apesar de não possuir contrato com o autor da música.
As editoras entendem terem sido "injustiçadas" na sentença, que declarou válido um contrato verbal datado de 1955 do clube com o autor Benedito Lauro D'Avila — que morreu em 1985 —, para fins de uso gratuito da obra musical.
Para as editoras, não existe nenhuma prova da existência deste contrato verbal ou sequer uma testemunha que confirme o que chamaram de "absurdo". Eles entendem que o juiz responsável aplicou a sentença por "uma paixão de torcida, orgulho".
O Corinthians disse que sempre usou seu hino, sem qualquer pagamento ou exigência, e que as editoras apresentam argumentos vazios e agressivos, com ofensas sem razão e insólitas contra o clube, para buscarem um direito que não possuem em cima do hino.
Para o Corinthians, o hino foi uma homenagem de Lauro D'Avila, tanto que jamais realizou qualquer pagamento pela utilização dessa obra. Agora, o clube aguarda por uma sentença definitiva em segunda instância para dar por encerrada a discussão pelo hino.
29 comentários
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Geraldo Neto
A Editora Musical Corisco, e a Musiclave, ambas fundadas em 2010, uma com sede em São Paulo e outra em Icoaraci (!!), Pará, se dizem donas de uma música lançada em 1955, que sempre foi o hino do Corinthians. Espero que sejam condenadas por litigância de má-fé. Impressionante como existem malandros e aproveitadores no nosso país.
Marcio Francisco Zichia
P q essas editoras não vão Daokú?
Jose Carlos Costa
Com a tradição, grandeza e visibilidade que tem, o Corinthians tem sido alvo constante de empresas e pessoas mal intencionadas, que tentam obter vantagens financeiras do Clube. O Departamento Jurídico do Corinthians precisa estar sempre alerta e rebater vigorosamente essas investidas suspeitas (malandragem), e - quando possível - entrar com Ações Judiciais pedindo Reparação por Danos Morais.