Brasileiros bom de luta
Que o brasileiro é bom de luta, isso todos nós sabemos. A capoeira e o jiu-jítsu são produtos nacionais que exportam professores e atletas para todo o mundo. Entre os principais esportes de combate olímpico, temos grandes feitos, como o de Servílio de Oliveira, no boxe, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do México, em 1968.
Nas artes marciais mistas (MMA), isso também não seria diferente. O destaque verde e amarelo vem desde a década de 90, com o carioca Royce Gracie, que venceu as edições do UFC 1, 2 e 4.
No último sábado (18), tivemos o UFC Fight Night, na Ilha da Luta, com mais um brasileiro na disputa de cinturão. Paraense de Soure, Ilha do Marajó, Deiveson Figueiredo é conhecido pelo codinome 'Deus da Guerra', que na mitologia grega é Ares, filho de Zeus.
Para um afro-indígena, essa mitologia não representa muita coisa. O fato é que açaí com peixe e maniçoba, comidas típicas da sua região, é o que fortalece o corpo para enfrentar os grandes desafios.
O UFC Fight Night, proporcionou a Figueiredo a conquista do cinturão do peso-mosca na luta contra o americano Joseph Benavidez, número dois da categoria. Deiveson dá continuidade a grandes conquistas internacionais por brasileiros que se destacaram em grandes eventos esportivos ligados à luta.
O Norte e o Nordeste vêm mostrando cada vez mais a sua força, assim como o sergipano Maguila, primeiro brasileiro a tornar-se campeão mundial de boxe pela FMB (Federação Mundial de Boxe), em 1995. Outros grandes exemplos são a judoca piauiense Sara Menezes, campeã olímpica em Londres-2012; a pugilista baiana Adriana Araújo, bronze em Londres; e o paraibano Netinho, do taekwondo, campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2019.
Trazendo a força da Bahia, Amanda Nunes defendeu seu cinturão por cinco vezes na categoria peso-galo do UFC e mais uma no peso-pena. A Leoa faz parte da nova geração de lutadores brasileiros de MMA e está perto de igualar os resultados de defesa de cinturão de José Aldo, um dos maiores fenômenos do UFC e o primeiro campeão do peso-pena.
Aldo tem sete defesas de cinturão, o que o leva a ser o segundo maior brasileiro em número de vitórias na guarda pelo título, ficando atrás somente de Anderson Silva, com dez defesas de cinturão.
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