Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Novos países marcam território no UFC e isso é bom
Com a globalização do MMA, o UFC, principal liga de artes mistas do mundo, tem a maior variedade de nacionalidades de todos os tempos entre os detentores de cinturões. Por seus históricos de campeões e tradição de grandes lutadores, Brasil e Estados Unidos são potências tradicionais no evento, mas novos países têm marcando território no UFC.
Nas oito categorias masculinas, a África detém três cinturões. Entre os campeões, estão os nigerianos Israel Adesanya, no peso-médio, Kamaru Usman, no peso meio-médio, e o camaronês Francis Ngannou, no peso-pesado. Com isso, a África é o continente com mais cinturões no masculino atualmente, sendo a Nigéria o país com mais títulos.
Nas demais categorias, temos o brasileiro Deivison Figueiredo, no peso-mosca, o jamaicano Aljamain Sterlingno, peso-galo, o australiano Alexander Volkanovski, no peso-pena e o polonês Jan Blachowicz, no meio-pesado.
No peso-leve, tínhamos o russo Kabib Nurmagomedov, mas com sua desistência após a morte do pai pela covid-19, a categoria está atualmente vaga. O americano Jon Jones, que subiu para o peso-pesado, é o atleta mais vitorioso em atividade e número 1 do ranking.
Entre as mulheres temos a brasileira Amanda Nunes, dona de dois cinturões - um cinturão no peso galo e outro no peso pena -, sendo também a melhor peso por peso feminino. Também temos a americana Rose Namajunas, no peso-palha, e a lutadora do Quirquistão Valentina Shevchenko, dona da categoria peso-mosca.
Mudança no cenário
Brasileiros e americanos que há 10 anos eram unanimidades entre os detentores de cinturões, hoje são minoria diante do crescimento de outras nações como, por exemplo, a África. E vejo nisso um aspecto positivo.
A crescente inserção de africanos, chineses e europeus, trouxe mais dinamismo à competição, e os lutadores apresentaram estilos de artes marciais diferentes do que estávamos acostumados. O sambo dos russos, o sanshou dos chineses e o jogo duro dos africanos vêm constantemente obtendo sucesso no octógono.
Um outro aspecto que me chamou a atenção foi o crescimento do nível técnico dos lutadores e lutadoras. No feminino Valentina Shevchenko é a mais apurada. Sua última derrota foi contra a brasileira Amanda Nunes em 2017. Desde então, foram sete vitórias e cinco defesas de cinturão.
Entre os homens Kamaro Usman é unânime. Com apenas uma derrota e 19 vitórias, é um lutador que evolui a cada luta e muito difícil de ser batido.
No UFC 261, realizado no último sábado (24), vimos grandes lutas e muitos nocautes. O que mais me chamou a atenção foi o chute da americana Namajunas na Chinesa Zhang Weili. Foi um nocaute espetacular. Um chute típico de lutadores de taekwondo, demonstrando muita técnica e qualidade no movimento.
Espero ver cada vez mais países de outros continentes mostrando seu estilo de luta e apresentando ao público um verdadeiro show de artes mistas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.