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Diogo Silva

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Diogo Silva: Filhos de lendas do MMA agitam a semana no mundo das lutas

Kalyl Silva teve grande estreia no kickboxing - Reprodução/Instagram
Kalyl Silva teve grande estreia no kickboxing Imagem: Reprodução/Instagram

Os filhos de Anderson Silva e Wanderlei Silva, ambos lendas vivas do MMA mundial, andaram agitando o cenário esportivo nesta semana. Kalyl Silva, 22, filho de Anderson, fez sua estreia no kickboxing e venceu por nocaute em apenas 8 segundos. Já Thor Silva, 17, filho de Wanderlei, estreou no boxe amador e também saiu vitorioso.

No ambiente das lutas, é natural ver filhos de professores e mestres seguirem o mesmo caminho dos pais. Muitos desses jovens foram criados em academias e com três ou quatro anos já estavam trilhando seus caminhos dentro do mundo das artes marciais.

Porém, quando o pai foi uma grande estrela esportiva a cobrança é diferente para os filhos. Sempre vai haver comparação e, em muitos casos, os filhos acabam abandonando a carreira por causa da pressão externa.

Mas vamos listar cinco grandes lutadores cujos filhos seguiram a mesma carreira e obtiveram sucesso:

Laila - Lefty Shivambu/Gallo Images/Reprodução/wbur.com - Lefty Shivambu/Gallo Images/Reprodução/wbur.com
Laila Ali (boxe)
Imagem: Lefty Shivambu/Gallo Images/Reprodução/wbur.com

Laila Ali, 43, filha do terceiro casamento de Muhammad Ali, a maior referência do boxe mundial. Ela foi campeã mundial em 2002, na categoria dos pesos médio e permaneceu invicta até a sua aposentadoria em 2007. Com 24 lutas e 21 vitórias por nocaute, Laila se tornou a maior boxeadora durante sua época.

Em 2020, a boxeadora bicampeã olímpica Claressa Spields negociava uma possível luta com Laila. Para o confronto acontecer, Laila pediu US$ 5 milhões. Até o momento, o desafio não foi fechado.

Julio Cesar Chavez Junior, 35, filho do grande boxeador mexicano Julio Cesar Chavez. Julio, o Junior, conquistou o título mundial dos médios da WBC em 2011 e 2012. Tem um cartel de 60 lutas com 52 vitórias, sendo 34 por nocautes.

Em 2021, Chavez Junior disputou o desafio de boxe com Anderson Silva, o primeiro do ex-campeão do peso médio do UFC no boxe profissional, e foi derrotado.

Kron Gracie, 33, filho de Rickson Gracie uma das grandes lendas do MMA que disputou o Pride nos anos 90, com um cartel de 11 vitórias e nenhuma derrota e mestre de jiu-jitsu. Kron foi campeão mundial de jiu-jitsu nas faixas roxa (2006) e marrom (2007). Na preta, sua melhor colocação foi um segundo lugar em 2011. Em 2013, foi campeão da ADCC (Abu Dhabi Combat Club), principal competição de grappling do mundo, na categoria até 77kg.

Em 2014, Kron migrou para o MMA na liga RFC (Real Fight Championship) onde lutou até 2018 e saiu invicto com cinco lutas e cinco vitórias. No ano seguinte, Kron fechou contrato com o UFC e estreou com vitória, mas em sua segunda luta acabou derrotado no UFC Fight Night 161.

Saito Tatsuro, 18, filho de Saito Hitoshi, judoca japonês bicampeão olímpico nos Jogos de Los Angeles-1984 e Seul-1988. Tatsuro é a jovem promessa do judô do Japão e luta na categoria +100 kg. Foi campeão da Copa da Europa, em San Petersburgo, em 2018, e semifinalista por equipe no Campeonato Mundial Júnior no mesmo ano.

Omar Salim, 18, filho de Gergely Salim, tanzaniano que foi campeão olímpico de taekwondo em Barcelona-1992 pela Hungria, para onde se mudou com a família. Salim foi tricampeão europeu na categoria até 50kg e campeão mundial.

Omar nasceu nos Estados Unidos e conquistou o bronze no Mundial Júnior de taekwondo na categoria até 54kg em 2019. No ano seguinte, se naturalizou húngaro assim como seu pai, e conquistou a vaga olímpica no campeonato europeu em Sofia, Bulgária.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Omar disputou o bronze. Infelizmente, não saiu com a vitória, mas colocou o nome da família Salim mais uma vez na história olímpica.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do inicialmente informado, Rickson Gracie participou do Pride nos anos 90, com um cartel de 11 vitórias e nenhuma derrota e mestre de jiu-jitsu

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL