Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Charles Do Bronx é o maior finalizador do UFC
Charles Do Bronx agora não precisa provar mais nada a ninguém. A desconfiança se o brasileiro, de fato, merecia o cinturão dos leves (até 70kg) acabou.
Antes de iniciar a luta contra Dustin Porier —na madrugada de sábado para domingo último—, a bolsa de apostas colocava Do Bronx como azarão. O retorno do apostador era de R$ 2,40 a cada R$ 1,00. Mas, no momento em que finalizou Dustin no terceiro round da luta principal do UFC 269, além de quebrar a banca, Do Bronx ampliou seu cartel com 10 vitorias consecutivas, sendo o recordista por finalização da história do UFC.
Foram 15 adversários que não resistiram ao seu jiu-jítsu.
Além disso, Charles também ganhou o bônus da luta da noite, levando para casa R$ 280 mil, sendo o seu 18° prêmio, empatando com Donald Cerrone em número de bônus.
Agora Charles, de fato, é o alvo da categoria, caso queira lutar contra McGregor que está se recuperando de uma fratura no tornozelo após enfrentar Dustin na trilogia mais aguardada do UFC, é só uma questão de negócios, valendo grana e ibope.
Seu próximo adversário em defesa de cinturão é, possivelmente, o americano Justin Gaethje, segundo no ranking dos leves e que venceu, em luta insana, seu compatriota Michael Chandler no UFC 268.
Gaethie tem um estilo parecido com Porier, gosta de lutar de pé, um verdadeiro striker.
Agora os adversários vão estudar muito o brasileiro porque assim como Khabib Numagomedov, o russo que apavorava a categoria, Charles é um grande finalizador e quem não tiver um jiu-jítsu extremamente apurado ou uma mão extremamente pesada será a próxima vítima.
A equipe de treinamento de Charles é uma fusão da Chute Boxe, Barbosa Jiu-jítsu e Macaco Golden Team. Seu time terá bastante trabalho pela frente.
Nas duas últimas lutas, Charles tomou knockdown no primeiro round. Um ponto positivo é que brasileiro provou que aguenta pancada e consegue se recuperar, mas um ponto negativo é que demonstrou uma fragilidade no início da luta.
Pode ser uma questão de ajuste de distância por enfrentar lutadores com menor estatura e que têm em sua força a luta de pé.
A questão é que contra Chandler e Dustin, Charles foi muito golpeado no primeiro round, parecendo que o desejo de caminhar sempre para a frente não o fazia enxergar a quantidade de golpes que estava levando.
A ansiedade é um ponto-chave, muitos lutadores querem terminar logo a luta e isso provoca muitos erros. A cabeça se concentra somente em finalizar a luta e não acompanha o processo necessário para fazer isso acontecer.
Se eu percebi essa falha, pode ter certeza que seus adversários também, porque uma coisa é fato: ninguém vai querer levar o maior finalizador da história do UFC para o chão.
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