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Brasileira vence Grand Prix de parataekwondo e Brasil é top 3 do mundo
A paraibana Silvana Fernandes, 23, número um do ranking mundial na categoria até 57 kg, venceu a primeira edição do Grand Prix de parataekwondo, que foi realizado em Sofia, Bulgária. A brasileira, que foi bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, alcançou o lugar mais alto do pódio vencendo a atleta Marija Micev, da Sérvia, na semifinal, e a turca Gamze Gurdal, na final.
Silvana, que iniciou no esporte aos 15 anos, no sertão da Paraíba, praticando atletismo, na modalidade arremesso de dardo, tinha o sonho de ir para a Paralimpíada, mas sabia que seria difícil no atletismo porque sua modalidade não era paralímpica.
O taekwondo entrou por um acaso em sua vida por intermédio de um olheiro que viu potencial para arte marcial e lhe fez uma proposta para trocar de esporte. Dois anos depois, a paraibana já estava fazendo parte da história do parataekwondo brasileiro.
Nos últimos três anos, Silvana alcançou os maiores títulos da carreira, conquistando os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, bronze nas Paralimpíadas de Tóquio e no Mundial da Turquia em 2021.
Além de Silvana, o campeão olímpico Nathan Torquato, até 63 kg, foi vice-campeão, perdendo a final para Mahmut Bozteke, da Turquia, e Chisthiane Nascimento, até 52 kg, conquistou a medalha de bronze depois de enfrentar a mexicana Jessica Garcia.
Mesmo com os grandes resultados existe uma falta de interesse na transmissão nacional do parataekwondo até mesmo nos canais de streaming, demonstrando uma fragilidade do esporte.
Sem um plano de marketing e comunicação da Confederação Brasileira junto com o Comitê Paralímpico, os resultados dos atletas vão ficar sempre distantes do público que desconhecem o sucesso da modalidade.
Na Bulgária, as lutas foram transmitidas pela plataforma Restrike, mas poucos brasileiros ou apaixonados pelo esporte sabiam dessa possibilidade.
A segunda e terceira etapas do Grand Prix do parataekwondo será junto com o taekwondo convencional, em Paris e Manchester.
O Grand Prix está abaixo das Olimpíadas em grau de dificuldade e é um ótimo termômetro de preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
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