Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Novas plataformas de esporte direcionam o mercado olímpico
Pós Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, novas plataformas nasceram para suprir a demanda de modalidades olímpicas. Entre elas, o Surto Olímpico, Olimpíada Todo Dia (OTD) e Nsports fazem parte desse novo mercado.
Durante os anos de 2019 e 2021, a base de informações, imagens e transmissão de modalidades olímpicas não populares vieram dessas plataformas. Com o intuito de educar o brasileiro a consumir esporte todos os dias, o novo formato de distribuição de conteúdo veio para conquistar o mercado esportivo brasileiro.
O modelo de negócio traz a lógica da Netflix e YouTube. Produzir, distribuir ou alocar conteúdo dentro da própria plataforma para colher dados e direcionar a publicidade para vender seus produtos com maior precisão.
No futuro, as novas redes pensam em até criar a própria moeda, assim como os jogos de game, para não ficarem tão dependes da publicidade.
O que vale nesse mercado não é a quantidade de pessoas que passam pela plataforma, mas, sim, o tempo que o usuário fica consumindo o conteúdo. Os números quantificados direcionam o resultado para qual marca será vendido o produto.
Um exemplo de como funciona. Uma confederação brasileira que organiza uma competição oficial e não tem braço e expertise para transmitir e distribuir informações sobre o evento tem a Nsports para fazer a transmissão pelo canal olímpico que, em parceria com o COB, não cobra o direito de transmissão. Nas TVs populares, isso custaria em média de R$ 50 a R$ 100 mil por competição. Dessa forma, ganham os dois lados: a confederação, que tem seu evento distribuído sem custo, e a Nsports, que tem um produto sem o custo da compra do direito de transmissão para distribuir.
A Nsports é a primeira plataforma de streaming esportivo brasileiro a criar canais oficiais de cada entidade esportiva. Hoje a plataforma detém 21 canais dos mais variados esportes, sendo oito confederações e o Comitê Olímpico do Brasil.
Atletas, e modalidades, que não tinham a mínima possibilidade de estar em destaque com eventos transmitidos se não tivessem em alguma final de Olimpíada agora podem avisar aos pais o dia e o horário de suas competições.
Dentro desse exemplo foi o Mundial feminino de boxe olímpico, realizado na Turquia, que, pela primeira vez, teve uma transmissão na íntegra pelo canal olímpico.
Esses grupos entenderam que existia um nicho para ser explorado e que durante os Jogos Pan-Americano e os Jogos Olímpicos, o consumo esportivo no Brasil chegavam às alturas, mas depois das edições era uma queda brusca, uma montanha-russa ladeira abaixo.
Para assegurar uma queda menos vertiginosa, jornalistas esportivos descontentes com a realidade brasileira se uniram com amigos que tinham experiência em produtos, vendas e marketing digital para criarem suas próprias plataformas para produzir e vender esporte antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos.
Diferentemente da grande mídia, que tem um alto custo para as transmissões e interesse nos atletas mais famoso, as novas plataformas fazem parcerias e trocas de serviços e acompanham o evento desde a primeira etapa na fase de classificação. E não importa se é tiro com arco ou pentatlo moderno, a cobertura será feita.
A OTD, por exemplo, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, bateu em sua plataforma 12 milhões de visualizações em 15 dias de evento. Número surpreendente comparado ao COB que teve 1 milhão de acessos.
Mudando a dinâmica de distribuição, a OTD, fechou uma parceria com a Tik Tok e passou a utilizar a plataforma, que é conhecida pelos vídeos de dança e cenas engraçadas, para fazer lives esportivas.
Durante os anos de 2019, 2020 e 2021, a OTD, trabalhou com grandes marcas, sendo elas Nissan, Banco BV, XP, Tik Tok e Playstation.
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