Topo

Djalminha

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Enfim Futebol

Gabigol domina bola, Felipe Melo o persegue em partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Brasileirão 2019 no Allianz Parque - Wagner Meier/Getty Images
Gabigol domina bola, Felipe Melo o persegue em partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Brasileirão 2019 no Allianz Parque Imagem: Wagner Meier/Getty Images

Colunista do UOL

12/04/2021 11h55

Ontem finalmente pudemos ver um jogo digno do futebol brasileiro. Digo isso porque depois do fim do Campeonato Brasileiro, e com o início desses lamentáveis jogos dos estaduais, estávamos carentes do bom futebol. Tive o prazer de ver ao vivo, no Mané Garrincha, o duelo entre Flamengo e Palmeiras. E independentemente de você torcer para um ou outro time, tenho certeza que desfrutou do espetáculo.

E o mais legal é que, mesmo os times jogando com características diferentes, não deixaram de ser ofensivos. Um Flamengo com seu estilo dominante, propondo o jogo, com jogadores de um nível técnico que a qualquer momento podem decidir a partida e o Palmeiras com sua forte marcação, para roubar a bola e utilizar sua principal arma, uma transição em altíssima velocidade e quando bem feita, como ontem, é letal.

Essa foi a parte tática do jogo, agora vamos falar individualmente. Começando pelos goleiros, e que goleiraços. Um Diego Alves experiente, com grandes defesas durante o jogo e simplesmente decisivo na sua especialidade: pegar pênaltis, Do outro lado um Weverton que, mesmo sem sair com o título, agarrou demais, pegou pênaltis e vive o melhor momento de sua carreira.

No meio-campo, um veterano que parecia um garoto. Diego esbajou categoria para iniciar o jogo do Flamengo e defendeu como se fosse volante toda a vida. Pelo lado do Palmeiras, entra no intervalo um garoto jogando como veterano: Danilo, marcando forte como volante que é e saindo de maneira vertical como se fosse um meia de criação.

Agora vamos para os que decidem. Rony: decisivo com sua velocidade conseguindo o pênalti que levou o jogo para os pênaltis. Raphael Veiga teve categoria para fazer um golaço e cobrar pênalti. No lado dos campeões, Gabigol, cujo nome já diz tudo, sobrou para ele, é gol. E Arrascaeta, que parece aquele jogador desligado, que participa pouco, mas basta lhe dar o mínimo de espaço que é tão decisivo que foi escolhido o melhor em campo.

Enfim, tomara que toda manhã ou tarde de domingo, quarta ou quinta à noite tenhamos jogos desse nível. Esse é o nosso verdadeiro futebol brasileiro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL