Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Esporte: alavanca para um futuro ameaçado
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Pesquisa revela que 97% dos professores acreditam no esporte como ferramenta fundamental para motivar os alunos no pós pandemia
Não se faz política pública eficiente sem pesquisa. Ter acesso a dados, decifrá-los, cruzá-los com outras informações e marcadores podem fazer a diferença não apenas entre a prosperidade e precariedade, mas entre uma nação que oferece saída para os seus problemas nacionais, visto que encara seus desafios de frente e outra que condena seus cidadãos e cidadãs a uma vida errante, sem perspectivas de felicidade. Pesquisa pode fazer a diferença entre viver em plenitude ou morrer na próxima esquina sem direito ao básico. Cabe a nós escolher, como no filme Matrix, qual "pílula" queremos tomar.
O Instituto Penninsula, uma instituição do terceiro setor que há 10 anos atua na área de educação, ouviu em todo o país 2.300 profissionais educação (78% professores, 10% coordenadores pedagógicos 4% diretores de escola), da rede municipal (53%), estadual (29%) e privada (18%). A maioria esmagador dos mestres (97%) que, com o caminhar da pandemia e das aulas remotas, foi passando do sentimento de ansiedade para o de muita sobrecarga de trabalho, acredita que o esporte é uma ferramenta importante para que os alunos consigam superar uma fase que foi inédita na história do ensino brasileiro.
Os benefícios elencados são inúmeros. A maioria acredita que a prática de esportes na escola aumenta a motivação dos alunos, as condições de saúde, as competências socioambientais e os vínculos com a escola. Uma parcela ainda vê benefícios para reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho acadêmico.
A pesquisa é ampla e buscou mergulhar nas expectativas dos professore com a retomada das aulas presenciais e nas estratégias que estão sendo ou não adotadas nas escolas. Em um cenário mais abrangente, quais as tendências para a educação no país.
Fosse o Brasil um país realmente empenhado em oferecer qualidade de vida e educação para suas crianças e adolescentes, após um ano em que os Jogos Olímpicos fizeram o sonho de tantos e tantas jovens estas informações seriam ouro em pó. Fosse o Brasil um lugar que não sucateia redes de ensino e promove a inclusão, talvez mapear tendências fosse menos angustiante.
Segundo Anna Altenfelder, presidente do Cenpec, organização da sociedade civil que busca reduzir a desigualdade no acesso à educação, o Enem de 2021 foi o mais excludente da história, com o menor número de inscritos da década.
O cenário desolador da educação brasileira combina com a fome, o desemprego, o número de mortos... uma visão apocalíptica que, aparentemente não deixa espaço para mais nada. Aparentemente, pois todavia há esperança. Sempre há se a consciência não ignorar os números e os caminhos que eles apontam e se entendermos educação como um valor essencial para a construção de um futuro e um futuro nem tão distante assim. Educação Física, para muitos, ainda é uma brincadeira não levada a sério, mas ela pode ser a liga que falta. Uma grande ferramenta para ajudar a sanear mente e corpo da combalida educação brasileira.
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