Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Sexta-feira valeu só por rever Zandvoort
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Foi delicioso ver a F-1 de volta a Zandvoort. Mas pouco se tirou das duas primeiras sessões de treinos livres para a 13ª etapa do Mundial.
Ou alguém aqui realmente acredita em dobradinha da Ferrari no sábado?
Nesta sexta, foi o que aconteceu. Leclerc liderou a segunda sessão, com 1min10s902, 0s154 melhor do que o companheiro de equipe, Sainz.
Ocon (!!??) foi o terceiro colocado com a Alpine, seguido por Bottas e Verstappen. Hamilton ficou apenas em 11º lugar.
Os duelistas pelo título tiveram problemas distintos.
O dono da casa foi atrapalhado por bandeiras vermelhas acionadas exatamente quando buscava suas voltas rápidas. E o inglês sofreu com uma incomum pane no motor Mercedes que o deixou parado na curva 8 e, depois, trancado nos boxes.
Os relatos iniciais indicam que o motor do heptacampeão sofreu com uma "irregularidade no fluxo de óleo", nada que preocupe para o fim de semana.
Coisas de sexta-feira...
Pela manhã, as coisas foram menos anormais. Apenas 0s097 separaram os protagonistas do campeonato. Hamilton foi o mais rápido, com 1min11s500, com Verstappen na sua cola.
Das poucas conclusões possíveis, a confirmação de que será muito complicado ultrapassar e um sinal de alerta sobre o consumo dos pneus num asfalto muito abrasivo.
Pneus, aliás, merecem atenção por outro aspecto.
No ano passado, quando a pista holandesa ainda estava no calendário, a Pirelli chegou a anunciar que prepararia um pneu com construção especial para aguentar as fortes pressões da curva Arie Luyendyk, com 18° de inclinação. Desta vez, nada foi comentado.
Os pneus à disposição dos pilotos são os C1, C2 e C3, ou seja a gama mais dura produzida pela fabricante, mas de construção idêntica às usadas em outras etapas do Mundial. "Os pneus deste ano são mais robustos. As pressões em Zandvoort são fortes, mas há outros circuitos no campeonato com o mesmo grau de severidade", explicou Mario Isola, chefe da Pirelli.
Que ele esteja certo. Que os pneus aguentem as pressões laterais pelas 72 voltas da corrida. Bater naquele ponto da pista, em alta velocidade, não seria muito agradável.
O dia valeu por (re)ver Zandvoort, pelas belíssimas imagens aéreas mostrando o circuito e a praia ao lado, pela experiência da F-1 numa curva inclinada. E, principalmente, pelo público holandês tomando as arquibancadas para torcer pelo piloto da casa.
Amanhã tem mais. E os resultados devem ser diferentes.
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