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Novo presidente da FIA levantou bandeira da expansão e já destruiu um F-1
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Primeiro não-europeu a chegar à presidência da FIA nos 117 anos de história da entidade, o emirático Mohammed Ben Sulayem, 60, chega ao cargo com um discurso parecido com o do primeiro não-europeu a comandar a Fifa.
Entre suas promessas de campanha, defendeu "dobrar a participação global no automobilismo". Sua proposta é levar o esporte a motor para países emergentes e em desenvolvimento. E os votos dessas federações foram essenciais na sua eleição.
Não é uma estratégia nova. A bandeira é muito parecida com a que João Havelange defendeu quando furou o domínio europeu e assumiu a presidência da entidade máxima do futebol, há 47 anos. Seu período à frente da Fifa foi controverso, ele morreu marcado como um pária do esporte mundial, mas atingiu o objetivo de expandir o futebol por todos os continentes.
Ex-piloto de rali, ex-membro do Conselho Mundial da FIA e ex-vice-presidente de mobilidade da entidade entre 2013 e 2017, Sulayem estava de olho no cargo há algum tempo.
Ele já havia tentado uma candidatura em 2013, mas jogou a tolha e aceitou ser vice-presidente de Todt. Em 2017, não entrou na disputa, deixando no ar a impressão de um acordo com o francês para que tivesse seu apoio político agora, em 2021.
Além da meta ambiciosa de dobrar o tamanho do automobilismo no mundo, o dirigente defendeu na campanha os temas da diversidade, da inclusão e da mobilidade sustentável.
Nascido em Dubai, numa das mais influentes famílias dos Emirados Árabes Unidos, Sulayem estudou nos EUA e na Inglaterra. Nas pistas, acumulou 14 títulos do Campeonato de Rali do Oriente Médio, promovido pela FIA. Chegou a disputar etapas do Mundial.
Mas também viveu grande um vexame: em 2009, aventurou-se a pilotar um carro de F-1, um Renault, numa exibição no autódromo de Dubai. Durou pouco metros. Ele perdeu completamente o controle do carro, que acabou destruído no muro. O vídeo abaixo viralizou na época...
O fato de morar em Dubai e ter de trabalhar em Paris, onde fica a sede da FIA, não será um problema para ele.
"Gosto de Paris. E tenho meu jatinho", respondeu.
Ah, sim: ele tem uma coleção de carros clássicos, entre eles 21 Mercedes 600.
Uma de suas vice-presidentes será a brasileira Fabiana Ecclestone, que conheci com o sobrenome Flosi quando trabalhava na empresa promotora do GP Brasil.
É claro que o sobrenome do marido ajuda e tem enorme peso político. Mas Fabiana tem uma longa ligação com o automobilismo, é preparada, conhece muito de negócios.
Para o esporte a motor do Brasil, que nesta sexta-feira sofre com o início de demolição do autódromo de Curitiba, é uma boa notícia.
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